Neste sábado, Dominicanos rezarão unidos pelo fim da pandemia

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Diante da crise de saúde que assola a maior parte do mundo, as fraternidades leigas de Santo Domingo de Espanha propõem ao resto da Família Dominicana para que se una à oração sem sair de suas casas e conventos.

Cidade do Vaticano

Frades, freiras, sacerdotes, irmãs, leigos e jovens se reunirão no sábado, 21 de março, às 18h de suas casas e comunidades, para rezar juntos, pedindo a intercessão da Virgem Maria na luta contra a pandemia de coronavírus.

“A Ordem Dominicana – explica uma nota – viveu muitas epidemias ao longo de sua história, em todas sofreu muito, mas também soube reagir bem, pois se esforçou em fazer o que era correto e, acima de tudo, se colocou nas mãos de Deus”.

Da mesma forma, recorda que no número 3 de sua Regra,  São Domingos de Gusmão afirma que somos convocados comunitariamente a ter um só coração e uma só alma diante Deus.

Assim, com esta oração, queremos colocar o coração da Ordem dos Pregadores nas mãos de Deus, para que ajude na dura prova da emergência devido à pandemia de Covid -19 e, acima de tudo, para ajudar e confortar aqueles que mais sofrem.

Durante a oração comunitária, será lida a carta do Mestre da Ordem, frei Gerard Timoner, Mestre da Ordem, onde enfatiza que neste período de quarentena da Quaresma, somos chamados a parar e refletir sobre a proximidade de Deus para conosco.

“Quando a celebração pública é suspensa para o bem-estar dos fiéis – afirma ele -, percebemos a importância da comunhão espiritual.” Ademais, ele compara esse longo período de abstinência da Eucaristia como “um prolongado Sábado Santo, quando a Igreja se abstém da celebração da Eucaristia meditando sobre a Paixão do Senhor e aguardando sua ressurreição”.

A carta do frei Timoner convida a continuar orando por todos os doentes, por quem cuida deles, pelos que fazem todo o possível para achar maneiras de superar a pandemia e também por alguns membros da Família Dominicana que, no norte da Itália, contraíram o vírus.

Em seu chamado a mostrar gestos de proximidade em um momento em que o bem comum exige “distanciamento social”, o Mestre dos Dominicanos mostra como é paradoxal que hoje, diante dessa crise da epidemia, o isolamento, o manter a distância entre nós, significa que realmente nos preocupamos uns com os outros, porque queremos deter a transmissão do coronavírus, que já tirou a vida de muitas pessoas em todo o mundo.

A contradição entre o chamado a difundir o Evangelho entre as pessoas e o chamado a se isolar, a manter distância para impedir a propagação do coronavírus, é uma lição para frei Timoner, porque a pandemia mostra claramente que, para que algo circule, são necessários o encontro pessoal e a proximidade.

“Quando a crise acabar – exorta o Mestre da Família Dominicana – não esqueçamos a lição: se quisermos que o Evangelho circule em nosso mundo secularizado, é necessária a mesma proximidade, e o encontro pessoal”.

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