A África quer chegar bem preparada à Assembleia do Sínodo dos Bispos sobre a Sinodalidade. Daí que, para além da contribuição continental à elaboração geral dos documentos do Sínodo, o SCEAM tenha organizado um seminário de dois dias para os Delegados da África ao Sínodo se conhecerem entre si e se familiarizarem com tudo o que diz respeito a este Sínodo. Trazemos aqui os pareceres de mais dois participantes: a Irmã Ester Lucas, teóloga, e Dom Inácio Saúde, Presidente da CEM.
Sheila Pires – Joanesburgo
Enquanto a Igreja se prepara para a primeira fase da XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos sobre a Sinodalidade, agendada para outubro de 2023, no Vaticano, a Irmã Ester Lucas diz esperar que a Assembleia Sinodal esteja “aberta à presença da diversidade e da pluralidade, na Igreja, dos dons que o Espírito oferece aos seus filhos”.
De 16 a 17 de agosto, os delegados que representarão a África no próximo Sínodo dos Bispos reuniram-se em Nairobi, no Quénia, num seminário preparatório, organizado pelo Simpósio das Conferências Episcopais de África e Madagáscar (SCEAM), em parceria com a Iniciativa Sinodal Africana (ASI).
Em conversa com a Vatican News, essa teóloga moçambicana manifestou a esperança de que a primeira fase da Assembleia Sinodal seja o início de um caminho de vivência concreta e natural da sinodalidade na vida da Igreja. Para além de explicitar as suas expectativas em relação ao Sínodo, ela considerou o seminário de Nairobi muito produtivo e uma oportunidade para os Delegados se conhecerem entre si, aprofundarem e metodoligia de trabalho, entre outros aspectos:
De entre os Delegados presentes no referido seminário, estava o Presidente da Conferência Episcopal de Moçambique, Dom Inácio Saure, Arcebispo de Nampula. Ele mostrou-se satisfeito por essa iniciativa inesperada do SCEAM por, em poucas palavras, ter permitido aos Delegados prepar-se melhor para a Assembleia Sinodal de outubro:
No seu discurso aos Delegados africanos ao Sínodo, no final do seminário, o Primeiro Vice-presidente do SCEAM, Dom Lúcio Andrice Muandula, Bispo da Diocese de Xai-Xai, em Moçambique, encorajou os Delegados a relerem a Constituição Apostólica de 2018, promulgada pelo Papa Francisco, Episcopalis Communio, bem como a Constituição Apostólica da Comissão Teológica Internacional, Sensus Fidei.