Mongólia, destino de Francisco em sua 43ª Viagem Apostólica

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O lema “Esperar juntos” é fundamental para entender a viagem, porque há muita necessidade de esperança, “uma esperança que não é uma expectativa vazia, mas que se baseia, pelo menos para nós cristãos, na fé, ou seja, na presença de Deus em nossa história, e que ao mesmo tempo se transforma em compromisso pessoal e coletivo”, explica o cardeal Pietro Parolin

Vatican News

Passavam poucos minutos das 18h30 desta quinta-feira, 31 de agosto (exatos 18h41min), quando o A330/AZ2 decolou do Aeroporto Fiumicino, em Roma, com destino à Ulan Bator, capital da Mongólia, em um voo previsto para durar 9 horas e 28 minutos, depois de ter percorrido 8.278 quilômetros. A bordo, o Papa Francisco, séquito papal e dezenas de jornalistas de vários países que acompanham o Pontífice nesta que é a 43ª Viagem Apostólica de seu Pontificado e que tem por lema “Esperar juntos”.

Antes de deixar a lar Santa Marta na tarde de hoje em direção ao aeroporto, “o Papa Francisco cumprimentou 12 jovens de diversas nacionalidades, hóspedes do Dormitório “Dono di Misericordia“, que nos dias passados ajudaram o Dicastério para a Caridade nos preparativos para o envio de alimentos para a Ucrânia”, informou a Sala de Imprensa da Santa Sé. 

 

Uma viagem para confirmar na fé a “pequena e animada” comunidade católica da Mongólia – os católicos são cerca de 1.500 – e também para fortalecer os laços entre a Santa Sé e esse país asiático, explicou o cardeal secretário de Estado Pietro Parolin na entrevista concedida ao Vatican News antes da viagem.

A tripulação do voo é de 9 pessoas, 3 pilotos e 6 comissários de bordo, acompanhados pela equipe da Ita Airways designada para voos especiais. Para esta viagem a Ita Airways preparou um plano que contempla a eficiência dos procedimentos operativos, o uso de SAF (Sustainable Aviation Fuel) para um quantidade igual a 0,5% do reabastecimento necessário para voos e a compensação integral pelas emissões que não podem ser eliminadas por meio da participação em um projeto de redução de CO2 Certificado Padrão Ouro.

A diferença de fuso horário em relação à Itália é +6, ou seja, o Papa chegará ao Aeroporto Internacional”Chinggis Khann”, em Ulan Bator, às 10 horas, horário local, 4 da manhã, pelo horário italiano. No aeroporto da capital da Mongólia terá lugar uma acolhida oficial, com o Papa sendo recebido pelo ministro do Exterior, Gombojav Zandanshatar.

Não estão previstos discursos. Do aeroporto, Francisco segue para a Prefietura Apostólica, distante 51 km, onde descansa e se prepara para as atividades públicas que terão início no dia seguinte, sábado.

Os momentos da visita

 

Em 2 de setembro, às 9h da manhã locais, terá lugar a cerimônia de boas-vindas em Sukhbaatar, praça central de Ulan Bator, seguida às 9h30 pela visita de cortesia ao presidente da Mongólia, Sr. Ukhnaagiin Khürelsükh, no Palácio de Estado.

 

Ainda pela manhã, às 10h20, o Papa fará seu primeiro discurso no encontro com as Autoridades, a Sociedade Civil e o Corpo Diplomático na sala “Ikh Mongol” do Palácio de Estado. Às 11h, segue um encontro com o presidente do Grande Hural de Estado (Parlamento da Mongólia) e às 11h10, o encontro com o primeiro-ministro.

A atividade do Papa será retomada à tarde, às 16h, com o encontro com os bispos, sacerdotes, missionários, consagrados, consagradas e agentes pastorais na Catedral dos Santos Pedro e Paulo, onde Francisco fará seu segundo discurso.

Para domingo, 3 de setembro, estão previstos dois eventos: às 10h00 locais, o encontro ecumênico e inter-religioso no “Hun Theatre”, com o terceiro discurso do Papa, e à tarde, às 16h, a Santa Missa na “Steppe Arena”, onde Francisco fará a homilia.

A segunda-feira, 4 de setembro, último dia da visita, começará com um encontro com agentes de caridade e com a inauguração da lar da Misericórdia, às 9h30, onde Francisco pronunciará seu último discurso.

Às 11h30, haverá a cerimônia de despedida no Aeroporto Internacional “Chinggis Khaan” de Ulan Bator. Ao meio-dia a partida para o Aeroporto Internacional Leonardo da Vinci-Roma/Fiumicino onde a chegada está prevista para às 17h20 locais.

O lema “Esperar juntos”

 

“Esperar juntos” é o lema desta visita, com o qual se deseja destacar o duplo significado da viagem apostólica do Santo Padre à Mongólia: o de visita pastoral e visita de estado” Portanto, a escolha foi por uma virtude puramente cristã (a esperança), mas amplamente partilhada também em ambientes não cristãos, associando-a ao advérbio juntos, para sublinhar a importância da colaboração bilateral entre a Santa Sé e a Mongólia.

“Esperar juntos” é “um ideal comum e também um elemento” que pode marcar a viagem, ressalta a nota da Sala de Imprensa da Santa Sé: “A presença do Santo Padre representa para esta pequena porção do povo de Deus um sinal de grande esperança e incentivo e, por outro lado, a Igreja na Mongólia, com a sua pequenez e marginalidade, pode oferecer um sinal de esperança para a Igreja universal”.

O logotipo

 

O logotipo mostra acima da escrita o mapa da Mongólia, delineado com as cores vermelha e azul da bandeira nacional. No interior, explica a Sala de Imprensa da Santa Sé, “uma ger (lar tradicional da Mongólia), de onde sai uma fumaça amarela para o alto (cor do Vaticano). À direita da ger está uma cruz. A ger e a cruz estão contidas entre duas escritas verticais, na língua tradicional mongol, que retomam o lema (“Esperar juntos”).

Fonte

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