Fazia parte do processo de escuta sinodal, identificar os espaços de colóquio, que existem em nossas pastorais, grupos, movimentos e organismos da Paróquia. Também foi pedida uma avaliação da qualidade do colóquio, cultivado na Comunidade. No resultado, apareceu, como luz, que temos espaços de colóquio. Esses espaços são: reuniões, encontros, formações; espaços como os Conselhos Pastorais da Comunidade, da Paróquia e da Diocese; reuniões de planejamento e avaliações, assembleias pastorais em nível de Paróquia e Diocese, entre outros.
No entanto, o colóquio ainda é pequeno, ou seja, apareceram também algumas sombras, que dificultam maior participação das pessoas, e enfraquecem o caminhar juntos. Em situações de conflito, o colóquio não prevalece. As pessoas se calam, se isolam ou se afastam da Comunidade, por não serem escutadas e compreendidas; falta a visão de Pastoral de Conjunto; cada pastoral caminha individualmente; falta unidade na diversidade; ideias divergentes ficam sem respostas. Outra sombra é que, em reuniões do Conselho, para deliberações, muitas propostas já vêm definidas pelo Padre e, em muitas reuniões do CPP, não há colóquio, apenas apresentação de agenda e comunicado do que já está definido.
Entre luzes e sombras, na questão do colóquio, surgiram também algumas propostas, para favorecer o caminho sinodal, para que possamos crescer no colóquio e partilhar decisões. Eis algumas sugestões: promover diálogos maduros e honestos, que possibilitem a reflexão sobre a realidade paroquial; promover uma pastoral de conjunto; fomentar, de forma orgânica, a cultura da escuta na Comunidade, qualificando os secretários paroquiais, os líderes da comunidade e agentes pastorais; identificar, na Comunidade, Pastorais e Movimentos, que têm o dom de escutar as pessoas; flexibilidade; o atendimento dos Padres para casos extraordinários. Que os Conselhos Pastorais sejam espaços de decisão colegiada, participativa, sinodal.