Arcebispo de Tóquio: oportunidade para redescobrir poder da oração e aprofundar vida espiritual

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A suspensão das Missas públicas “não é um fracasso espiritual mas, pelo contrário, é uma oportunidade para redescobrir o poder da oração e aprofundar nossa vida espiritual”, para entender a força de “uma fé cheia de esperança compaixão e amor”, diz Dom Isao Kikuchi. “Nós realmente acreditamos no poder da oração. Nada nos impedirá de rezar.”

Cidade do Vaticano

Desde 27 de fevereiro, a Arquidiocese de Tóquio, Japão, suspendeu as celebrações com a participação física dos fiéis, para evitar a propagação do “Covid-19”. Uma decisão difícil de ser tomada, explicou o arcebispo local, Dom Isao Kikuchi, que, no entanto, exortou os fiéis a permanecerem unidos em oração.

“Não foi uma decisão fácil para a Igreja – disse o prelado, em uma mensagem relatada pela agência Eglise d’Asie – mas espero que os fiéis compreendam a gravidade da situação. Na Arquidiocese de Tóquio, existem muitas igrejas que são visitadas por um grande número de pessoas, incluindo turistas de todo o mundo. Além disso, o número de idosos é muito elevado. Portanto, é relevante evitar todos os riscos possíveis”.

Ao mesmo tempo, Dom Kikuchi exortou à oração: “Nós realmente acreditamos no poder da oração. Nada nos impedirá de rezar. Não faz sentido ter uma igreja neste mundo se não acrescentarmos uma resposta espiritual à nossa luta contra a epidemia”.

A suspensão das missas públicas “não é um fracasso espiritual – acrescentou – mas, pelo contrário, é uma oportunidade para redescobrir o poder da oração e aprofundar nossa vida espiritual”, para entender a força de “uma fé cheia de esperança compaixão e amor”.

Por fim, o arcebispo exortou os fiéis à comunhão espiritual, enfatizando “a importância da Eucaristia”.

Até agora, no Japão, foram confirmados 996 casos de contágio por coronavírus – excluídos os cerca de 700 casos de passageiros que estavam a bordo do Cruzeiro Diamond Princess – e 35 mortos. Os especialistas dizem que o número vai aumentar, mas é um número bastante baixo, caso se leve em consideração que os primeiros casos foram identificados no início de janeiro.

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