Mesas redondas que geram caminhos de esperança em uma Igreja sinodal

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Ser uma fonte de esperança para uma Igreja onde haja espaço para todos, todos, todos. Poderíamos dizer que esse é um dos desafios do Sínodo sobre a Sinodalidade, que está realizando a primeira etapa da Assembleia Sinodal na Sala Paulo VI, no Vaticano, de 4 a 29 de outubro.

Padre Modino – Regional Norte 1 da CNBB

Não podemos nos esquecer de que a esperança é um ponto chave para a vida da Igreja, especialmente para aqueles que passaram por experiências difíceis, dolorosas e desafiadoras. São essas pessoas que esperam que a Igreja as ajude a achar uma luz que as abrirá para um modo de vida diferente, a superar o medo, a entender que, ao viver em docilidade ao que o Espírito Santo quer dizer, a pessoa encontra o caminho da vida.

Uma esperança que está inerente em todos aqueles que acreditam na Ressurreição, em todos e todas os que se sentem o povo do Ressuscitado, o povo da esperança. A experiência do Sínodo está ajudando a muitos dos que são membros da Assembleia Sinodal a viver a experiência de uma Ressurreição. Parece que estávamos na tumba, tudo frio, tudo derrotado, com aquele sentimento primeiro dos discípulos de Emaús.

Um Sínodo para achar-se com o Ressuscitado

Diante disso, o Sínodo sobre a Sinodalidade está fazendo com que muitas pessoas se encontrem com o Ressuscitado. É a esperança que faz parte da vida daqueles que passam por experiências difíceis em seu cotidiano, em seu dia a dia. Na secura vivenciada por tantos homens e mulheres mundo afora, às vezes, uns pingos de chuva fazem com que a terra da vida cobre um sabor diferenciado, uma cor nova, o broto começa a nascer da semente que foi plantada.

Uma experiência que está sendo vivida nesse Sínodo, que mais do que uma novidade é um despertar de algo que já existia, que já existe, e que hoje está se revelando, se abrindo. É o túmulo que se abre e o Ressuscitado que aparece e traz a esperança que brota da vida em plenitude.

Muitas pessoas apontando caminhos para uma Igreja sinodal

O fato de ver tantas pessoas que de diferentes modos, dentro e fora da sala sinodal, estão apontando caminhos para ser uma Igreja sinodal é um sinal de esperança que leva a acreditar que a Igreja está no caminho certo, que está superando os medos, pois quem tem esperança não tem medo da novidade, medo de caminhar junto. Um modo de se colocar a caminho que leva a ter a certeza de que no caminho podemos achar tropeços, pedras, mas sobretudo felicidade, companheiros e companheiras, gente em sintonia diante dos mesmos problemas.

Um Sínodo que está sendo uma oportunidade para apontar caminhos para a esperança em algo novo, para uma revelação de algo que estava escondido na Igreja, porque a Igreja sinodal, ela já existe. Talvez ela tivesse sido esquecida, talvez muitos nem a conheciam. Mas estamos diante de um chamado que nos leva a assumir a necessidade de recuperar, de recuperar.

Como Madalenas se faz preciso anunciar essa Igreja da esperança, essa Igreja sinodal onde todos se propõem caminhar juntos, algo que é bem mais do que dar as mãos e caminhar, é perceber que nós temos erros e que no caminho somos chamados a acertar esses erros, acolhendo todos e todas sem exclusão de ninguém. Essas mesas redondas onde se olhando aos olhos, os membros do Sínodo, homens e mulheres chegados de todos os cantos da Igreja buscam discernir esses caminhos de esperança. Um modo de ser Igreja a ser assumido em tantos lugares onde a esperança é necessária para não duvidar que Deus sempre está com todos, todos, todos.

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