O Sínodo fez renascer a esperança por uma Igreja mais próxima e participativa; que cuida melhor das situações urgentes de nossa sociedade e da própria Igreja. Há necessidade de focarmos na escuta, como caminho de vivência pastoral-comunitária. Há gigantesca queixa das pessoas para serem acolhidas e escutadas, não apenas pelos padres, mas também pelos irmãos e irmãs de Comunidade. Não se trata tanto de criar centros de escuta (isso também!). Outros aspectos precisam ser levados em conta, como: homilias mal; clérigos e leigos que agem com arbitrariedade e desrespeito, sobretudo com os mais simples da Comunidade; pouca atenção às Pastorais Sociais; pouca capacidade de acolhimento dos que ficam pelo caminho pelos mais variados motivos.
Percebeu-se, na escuta, a existência de uma Igreja viva e pulsante, espalhada pelos diversos ambientes da Diocese; que cuida dos pobres, especialmente, por meio dos vicentinos; que acolhem os diversos tipos de famílias, por meio da Pastoral Familiar; que acolhe e educa na fé crianças e adolescentes; pelo incansável trabalho de catequistas; uma Igreja que visita, cuida e dialoga com enfermos e enfermas; pelo valioso serviço prestado pelos ministros e ministras extraordinários da Sagrada Comunhão. Uma Igreja peregrina que cultiva luzes e não sombras; que vive buscando superar as limitações de nossa história, pela Graça de Deus.
Através da escuta realizada, sentiu-se a necessidade de buscar uma organização diocesana da Pastoral da Escuta, para atendimento às situações específicas, fomentando a sua implantação, nas paróquias que ainda não têm, e providenciando a devida formação e capacitação de seus agentes. É necessário o desenvolvimento de uma escuta mais ampla, ou seja, uma escuta que se dá em todos os ambientes eclesiais. E mais, é urgente recuperar a espiritualidade na Igreja, e sair do comodismo dos templos. Ser uma Igreja missionária, que valorize a agricultura familiar, o trabalho em mutirões, a agroecologia, o cuidado com a Mãe-Terra; que se abra às políticas públicas e de educação. Trabalhar mais com adolescentes e jovens, promovendo novas lideranças cristãs.