Governador da Ordem do Santo Sepulcro: "é difícil levar apoio a Gaza"

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Leonardo Visconti di Modrone relata a mobilização da instituição eclesiástica para levar ajuda a uma população exausta: “o dinheiro existe, mas é complicado levá-lo até lá”. Enquanto isso, os cristãos se reuniram ao norte da cidade, na esperança de não desaparecerem completamente.

Federico Piana, Silvonei José – Vatican News

“Um lugar inacessível para o qual é difícil levar as necessidades básicas”. A imagem dramática de Gaza é contada pelo embaixador Leonardo Visconti di Modrone, governador geral da Ordem Equestre do Santo Sepulcro. Ele está bem familiarizado com os acontecimentos na Terra Santa, pois uma das principais tarefas da instituição eclesiástica da qual é membro é ajudar a Igreja Católica nessa parte atormentada do mundo, em especial apoiando o Patriarcado Latino de Jerusalém. “À cidade”, explica ele, “não podemos levar comida, água e remédios. Uma catástrofe humanitária.

A fuga dos cristãos

Os cristãos, quando podem, fogem. Visconti di Modrone conta que muitos se reuniram ao norte de Gaza, “500 na paróquia latina da Sagrada Família, outros 400 na paróquia ortodoxa. Eles fizeram isso porque no sul não há instituições cristãs prontas para recebê-los e o fornecimento de ajuda humanitária é ainda mais complicado”. Entre esses cristãos, há também cerca de 20 idosos e cerca de 60 crianças, algumas delas deficientes e incapazes de se locomover.

Distribuição de ajuda, um problema real

Há uma razão para os cristãos terem fugido para o sul. “É uma escolha que responde ao desejo de manter viva a presença cristã em Gaza, pensando acima de tudo no porvir”, diz o governador. Ele não hesita em destacar também um paradoxo básico no mecanismo de ajuda à população: “Na realidade, não há problema em achar dinheiro, há dinheiro e ele pode até ser aumentado. A verdadeira dificuldade é a distribuição de bens para a população”.

Em contato com o Patriarcado

A Ordem Equestre do Santo Sepulcro de Jerusalém não desanimou, não se deixou dominar pelo medo. Ela ativou imediatamente todos os seus membros, especialmente os dos Estados Unidos, que representam quase a metade do total. “Uma rede de solidariedade foi criada imediatamente”, revelou o governador, “usando também nossa Comissão para a Terra Santa, que está em contato diário com a administração do Patriarcado Latino de Jerusalém. Para cobrir as despesas, utilizaremos o fundo de ajuda humanitária, um dos maiores e mais visíveis fundos de nosso orçamento”. E, se necessário, outras formas de coleta também serão ativadas.

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