Os espaços de colóquio existem e são fundamentais à manutenção da vida cristã; há momentos de diálogos nos movimentos, pastorais e grupos, mas não com muita assiduidade. O espaço de maior amplitude de colóquio, nas Comunidades, são os Conselhos Comunitários e Paroquiais de Pastoral; e também o Conselho Econômico. Quando há divergências, prevalece a opinião da maioria: A participação efetiva do pároco deve ser sempre um ponto facilitador, nos diálogos, que necessitam de mediação e direcionamento espiritual: Sinal de parceria na Igreja, expressão de sinodalidade: o que diz respeito a todos deve ser discutido e decidido por todos.
No tocante ao colóquio com a sociedade, precisamos superar as diferenças históricas, para que aconteça uma proximidade pastoral que fomente um colóquio produtivo, a serviço da sociedade. Um espaço de participação é o colóquio com outras Igrejas cristãs; e também com outras as Religiões. Às vezes, o colóquio se torna difícil, porque falta compreensão, conhecimento e definição do que é ecumenismo: um colóquio respeitoso, onde se busca somar forças a serviço do Reino de Deus. Ser ecumênico não é ser menos católico ou menos evangélico. Não é juntar as Igrejas cristãs numa só. É ter clareza da própria fé e buscar mútuo conhecimento e ajuda. Outro desafio relevante diz respeito ao relacionamento entre as religiões, ao colóquio inter-religioso.
Podemos ir mais distante, ampliando o colóquio, com a sociedade civil. Juntos, poderemos fazer com que a Igreja fecunde outras instituições, como sindicatos, associações e organizações de luta e cuidado com a ecologia integral. Além do envolvimento dos leigos nas instituições, nos conselhos de direitos, como Conselho da Criança e do Adolescente, Conselho de Assistência Social, Conselho de Saúde, Conselho de Educação. Bem como a participação nas reuniões de Pais e Mestres nas escolas, no trabalho e em todos os lugares onde estivermos: ser sal da terra e luz do mundo, eis a nossa missão.