As inscrições podem ser feitas até 1º de outubro, no site do prêmio instituído após a assinatura do Documento de Abu Dhabi pelo Papa e pelo Grão Imame de Al Azhar, em 2019. Em memória do xeique fundador dos Emirados Árabes Unidos, são premiados indivíduos e organizações comprometidos com o progresso da fraternidade humana e da solidariedade no mundo. Entre os homenageados anteriores estão o secretário-geral da ONU, Guterres, a Comunidade de Santo Egídio e a religiosa chilena Nelly Leòn.
Alessandro Di Bussolo – Vatican News
Começou oficialmente a busca pelos próximos vencedores do Prêmio Zayed para a Fraternidade Humana, que celebrará sua sexta edição em 2025. Em 3 de junho, Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes Unidos, abriu as inscrições para o prêmio independente que homenageia indivíduos e organizações que trabalham para promover a fraternidade humana e a solidariedade em todo o mundo. As indicações, que podem incluir membros de governos, chefes de organizações não governamentais (ONGs), acadêmicos, líderes espirituais e outras figuras influentes, podem ser enviadas por meio do site oficial do Prêmio Zayed para a Fraternidade Humana, até 1º de outubro de 2024.
Um prêmio para quem trabalha pela solidariedade e pela paz
Levando o nome do falecido xeique Zayed bin Sultan Al Nahyan, fundador dos Emirados Árabes Unidos, para celebrar o seu legado, a sua liderança e os seus esforços humanitários que continuam a impactar o mundo hoje, o Prêmio Zayed para a Fraternidade Humana, recordam os organizadores, “reconhecem pessoas e entidades – de qualquer origem, em qualquer lugar do mundo – que trabalham para promover a solidariedade, a integridade, a equidade e o otimismo e criar passos em direção à coexistência pacífica”. Desde 2019, o prêmio foi entregue a representantes de 11 países, apoiando os seus esforços humanitários numa série de setores, incluindo cuidados de saúde, educação, desenvolvimento comunitário, reinserção de refugiados e empoderamento de mulheres e jovens. Os vencedores recebem um prêmio de 1 milhão de dólares.
Iniciativa ligada ao Documento da Fraternidade Humana
O Prêmio Zayed é administrado pelo Alto Comitê para a Fraternidade Humana e é concedido anualmente por volta de 4 de fevereiro, Dia Internacional dedicado a esse tema. Os vencedores são premiados numa cerimônia, em Abu Dhabi, no Memorial do Fundador. O Prêmio foi criado em 2019 após o histórico encontro, em Abu Dhabi, entre o Papa Francisco e o Grão Imame de Al-Azhar, Ahmed Al-Tayeb, durante a qual os dois líderes assinaram o Documento sobre a Fraternidade Humana. Os valores que o prêmio celebra refletem a dedicação do xeique Zayed em trabalhar em estreita colaboração com pessoas de todas as origens, o seu legado moral, humanitário, o respeito pelos outros e ajudá-los independentemente da religião, gênero, raça ou nacionalidade.
O júri que examinará as indicações
Uma comissão independente, formada por especialistas em construção da paz e coexistência, que sempre inclui um alto representante da Santa Sé, examinará as indicações e selecionará os premiados, que serão homenageados em fevereiro de 2025, coincidindo com o Dia Internacional para a Fraternidade Humana, instituído em dezembro de 2020 pelas Nações Unidas, que marca o aniversário da assinatura do Documento de Abu Dhabi.
Os premiados das cinco primeiras edições
Desde a criação do Prêmio, líderes, ativistas e organizações humanitárias de todo o mundo foram homenageados, incluindo o Papa Francisco e o Grão Imame de Al-Azhar, Ahmed Al-Tayeb, vencedores honorários, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, a ativista contra o extremismo Latifa Ibn Ziaten, o Rei Abdullah II bin Al Hussein e a Rainha Rania Al Abdullah do Reino Hachemita da Jordânia, a organização humanitária haitiana Fundação para o Conhecimento e a Liberdade (Fokal), a Comunidade de Santo Egídio, a construtora de paz queniana Shamsa Abubakar Fadhil, as organizações beneficentes indonésias Nahdlatul Ulama e Muhammadiyah, o cirurgião cardíaco de fama mundial dr. Magdi Yacoub e a fundadora de uma ONG chilena de apoio e reintegração de mulheres presas, irmã Nelly Leon Correa.