O presidente do CELAM, o arcebispo de Porto Alegre e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Jaime Spengler, participou da Assembleia Plenária da Pontifícia Comissão para a América Latina (CAL). Ele visitou a Rádio Vaticano e conversou com Silvonei José sobre os trabalhos e sobre a situação no Rio Grande do Sul.
Silvonei José – Vatican News
O Papa Francisco recebeu na manhã da útima quinta-feira, no Vaticano, os participantes da Assembleia Plenária da Pontifícia Comissão para a América Latina (CAL). “A CAL – disse o Papa – deve construir pontes de reconciliação, de inclusão, de fraternidade! Pontes que garantam que “caminhar juntos” não seja uma mera expressão retórica, mas uma autêntica experiência pastoral!”
Francisco no seu discurso mencionou as palavras discrição, prudência e eficácia para enfatizar que a CAL não é chamada a substituir nenhum ator na vida eclesial latino-americana. Mas, sim, é chamada a encorajar todos eles, com a simplicidade e a profundidade de quem confia mais no envio missionário e no serviço do que no mero ativismo. Assim fazendo, a CAL deve promover com todos os seus interlocutores, tanto na Santa Sé como no CELAM, CEAMA, CLAR e todos os organismos eclesiais que servem direta ou indiretamente a Igreja na América Latina, um estilo sinodal de pensar, sentir e fazer.
Encontro do Papa com os participantes da Assembleia Plenária da Pontifícia Comissão para a América Latina (CAL).
O presidente do CELAM, o arcebispo de Porto Alegre e presidente da CNBB (Conferência Nacional, dom Jaime Spengler, que participa do encontro da CAL, visitou a Rádio Vaticano e conversou com Silvonei José.
Antes de tudo nós do CELAM fomos convidados a participar desta Assembleia, disse dom Jaime. “Nós não somos membros do Conselho da CAL, mas pela importância, diria assim, que há o CELAM nesta relação entre as conferências episcopais, entre os Dicastérios Curia Romana e a própria CAL, naturalmente, o prefeito do dicastério, o cardeal Prevost decidiu nos convidar para participar”. “Eu creio que, antes de tudo, é importante compreendermos, qual é o papel da CAL na reformulação da Cúria Romana, e aí recordando a Predicate evangelium… nos diz lá que um dos trabalhos, uma das missões da CAL é de se dedicar ao estudo das questões que se referem à vida e ao desenvolvimento das igrejas particulares da América Latina e do Caribe, para dar ajuda aos Dicastérios interessados em razão da sua competência e assistir as igrejas particulares com seus conselhos e meios”. E aqui – sublinhou ainda dom Jaime – entra um aspecto “que o Papa destacou no discurso que fez a nós durante audiência que nos proporcionou: é um aspecto muito interessante e importante na vida da igreja: aquilo que nós dizemos a diaconia. Diaconia é um serviço”.
A segunda missão, por assim dizer, da CAL – recorda ainda o presidente do CELAM – é favorecer as relações entre as instituições eclesiásticas internacionais e nacionais que atuam em benefício das regiões da América Latina e as instituições curiais. E aqui vem outro aspecto que o Papa destacou durante audiência que tivemos com ele: ser ponte. Então serviço, diaconia e ao mesmo tempo o ser ponte.
Qual é o lugar do CELAM neste neste processo? Temos que compreender qual é a missão do CELAM, enfatizou dom Jaime: promover a comunhão entre as conferências episcopais do continente latino-americano e caribenho. No fundo, no fundo, em poucas palavras, poderíamos dizer um serviço também às conferências episcopais, e um espaço de partilha de experiências. Então, nessa missão que é própria da CAL, tendo presente o que é a missão do CELAM nós podemos talvez melhor compreender porque fomos convidados a participar desta Assembleia da CAL. “Estivemos aqui eu, como presidente do CELAM e o secretário mons. Lizardo Estrada”.
Ouça na íntegra a entrevista com dom Jaime Spengler que também fala da situação atual no Rio Grande do Sul.
