Naquela época, prevalecia o Kerigma e a Catequese. Kerigma é o anúncio da paixão, morte e ressurreição de Jesus. Catequese é um ensinamento mais sólido sobre a vida que deviam levar como cristãos aqueles que se aproximam do batismo.
O conteúdo da Catequese consistia em alguns esquemas e o mais utilizado é a Didaqué. A catequese visava a apresentação do desígnio salvífico de Deus, culminado em Cristo.
A organização do Catecumenato se deu no séc. III nas principais Igrejas. É Hipólito de Roma quem apresenta em sua Tradição uma regulamentação catecumenal bastante completa que influiu notavelmente em outras Igrejas.
A decadência do Catecumenato se deu ao longo do séc. IV, quando o Cristianismo vai passando de religião perseguida a religião oficial do Estado. Em 391, proíbe-se o culto pagão e o cristianismo torna-se “religião do Estado”.
A evangelização passa a ser favorecida e a conversão deixa de ser exigente. Até o séc. VI se conservam alguns testemunhos de continuidade da prática catecumenal; a partir daí, com a consolidação do regime de cristandade e a generalização do batismo de crianças o catecumenato praticamente desaparece.
A evangelização dos povos pagãos não foi uma preocupação da Igreja nos primeiros séculos, mas, à medida que o Império se expandia, a Igreja ia atrás.
A catequese passa a ser oferecida depois, por meio da pregação litúrgica. São típicos desse tempo os homiliários, conjuntos de homilias que, embora não fossem lidas na liturgia, tinham como função a instrução.
As escolas que surgiram ao redor dos mosteiros e das catedrais constituíram também importantes canais de formação cristã. Na época de Carlos Magno (747-814), surgem os primeiros tratados de pedagogia e as primeiras sínteses doutrinárias em forma de diálogo.
A reflexão teológica nas universidades torna-se mais científica a partir do séc. XIII. Com isso a catequese torna-se mais discursiva, antropocêntrica e moralizante e favorece uma concepção mágica dos sacramentos.
A catequese familiar consistia em ensinar aos filhos as fórmulas de fé (Credo) e as orações. As famílias eram verdadeiras Igrejas Domésticas.
Foi muito importante também para a educação cristã medieval a transposição da doutrina em imagens. A iniciação cristã era cultural, dava-se do mesmo modo como a aprendizagem da língua materna.
Nessa época a ignorância religiosa era profunda e generalizada por causa da ausência do elemento bíblico, do antropocentrismo, do moralismo e do descuido da liturgia. Esses erros, que vinham caracterizando a vida cristã deste período, chegam enfim ao seu ápice.