Se o Covid-19 não conhece fronteiras, fé, esperança e caridade também não, diz a Caritas Internationalis

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O medo do amanhã e o sofrimento global uniram a humanidade. A história do mundo chegou “a um ponto de virada, um ponto de virada que está jogando nossas vidas e nossas sociedades no caos”, o que nos fez entender de modo surpreendente que precisamos um do outro. O amor de Cristo, “visto em pequenos e grandes gestos de esperança e solidariedade, nos chama para um novo porvir e um novo modo de vida”, diz o presidente da Caritas Internationalis, cardeal Tagle.

Vatican News

“O Covid-19 não conhece fronteiras, mas a fé, a esperança e a caridade também não as conhecem”. A afirmação é da Caritas Internationalis, por meio da mensagem de seu presidente, o cardeal Louis Antonio Tagle, publicada no site do organismo católico por ocasião da Solenidade da Páscoa.

Buscar o significado mais profundo do desafio vivido pela humanidade

 

“Enquanto pessoas de todo o mundo vivem a Páscoa sem a possibilidade de celebrar a Eucaristia fisicamente juntas – escreve o purpurado –  podemos refletir profundamente sobre o que o ‘Corpo de Cristo’ significa para cada um de nós”.

Certos, portanto, que “Cristo ressuscitou verdadeiramente” e que Sua luz iluminará “as trevas” da crise atual, o cardeal exorta os fiéis a rezarem para ter “a serenidade de aceitar as coisas que não podemos mudar, a coragem de mudar as coisas que podemos e a sabedoria de saber a diferença”.

“Rezemos – exorta – para encontrarmos o significado mais profundo desse desafio que a humanidade está enfrentando e que nos chama à fé e à ressurreição”.

Que governantes estejam à altura do desafio de promover a unidade e a responsabilidade compartilhada

 

O cardeal então, volta o seu olhar para os mais frágeis e vulneráveis, como os “migrantes e refugiados, idosos, doentes, pobres e desempregados”, e sublinha que “a pandemia está agravando ainda mais seu sofrimento”.

Neste sentido, é necessário exortar “os governos a garantirem a todos o acesso à assistência médica e à cobertura social. Rezemos para que nossos líderes estejam à altura do desafio de promover a unidade e a responsabilidade compartilhada entre todos os nossos países”.

“A história do mundo chegou “a um ponto de virada, um ponto de virada que está jogando nossas vidas e nossas sociedades no caos”.”

Por esse motivo – enfatiza o presidente da Caritas Internationalis – alguns dos líderes políticos e sociais, deveriam ser capazes de admitir que erraram quando não garantiram dignas condições de vida para toda a “família humana”, “sem exceções”.

Medo do amanhã e sofrimento global uniram a humanidade

 

Os laços da família humana, de fato – observa o cardeal Tagle – estão brotando de uma maneira “incrível” justamente agora, em meio a deficiências, incertezas e a sofrimentos”.

Por exemplo, “laços que antes dávamos como certos ou que ignorávamos, agora, vivendo em quarentena e sendo todos marginalizados e vulneráveis​​”, nos fazem entender de modo surpreendente que precisamos um do outro”.

Em certo sentido, o “medo do amanhã” e o “sofrimento global” uniram a humanidade. E não só: o cardeal filipino destaca algumas mudanças “impensáveis” até três meses atrás: “a qualidade do ar melhorou em vários países e as partes em guerra em algumas nações declararam o cessar-fogo”. Isso nos recorda que os “problemas humanos aparentemente insolúveis não são eternos e que a morte não tem a última palavra quando há espaço para esperança”.

Caritas trabalha em unidade

 

Dirigindo depois seu olhar ao trabalho da Caritas ao redor do mundo, o purpurado reitera que o organismo “está enfrentando essa emergência global trabalhando em unidade, compartilhando as experiências feitas nos vários países e tomando medidas para informar sobre o vírus, prevenir seu contágio e tratar os pacientes vítimas da doença”.

Neste sentido, os agradecimentos do presidente da Caritas Internationalis são dirigidos aos agentes e voluntários da Caritas, que expressa sua “imensa gratidão a todos aqueles que, com confiança, abrem seus corações e se doam plenamente para levar a luz do amor e da esperança à vida das pessoas, neste momento sombrio.”

“O amor de Cristo nos impulsiona. Esse amor, visto em pequenos e grandes gestos de esperança e solidariedade, nos chama para um novo porvir e um novo modo de vida”, conclui o cardeal Tagle.

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