“Este é o cristianismo, assim vence o cristianismo, com o perdão que nasce do perdão de Cristo na cruz”. Palavras do cardeal arcipreste Angelo Comastri na conclusão da oração do Terço na manhã desta terça-feira (28) na Basílica de São Pedro.
Jane Nogara – Cidade do Vaticano
Na manhã desta terça-feira, (28), o cardeal Angelo Comastri, concluiu a oração do Terço com essas palavras: “A força de Jesus é o amor e da cruz Jesus nos ensina o que significa perdoar”. O cardeal reza o Terço, Ladainhas e a oração Salve Rainha, todos os dias ao vivo em streaming na Basílica de São Pedro.
Ao introduzir os Mistérios Dolorosos, o cardeal arcipreste da Basílica Vaticana evidenciou que “a chave de leitura da Paixão de Jesus é o amor”. E recordou que “o cardeal Newmann, declarado santo pelo Papa Francisco no ano passado, dizia que somente um amor infinito poderia aceitar e suportar esta paixão por amor dos homens: quanto é verdade!”. E por fim rezou: “Oh Jesus, detenho-me pensativo aos pés da tua cruz, eu também a construí com os meus pecados. Senhor, tu vieste ao mundo por mim, para me buscar, para me levar nos braços do Pai, sinto tanto tua falta. Tu és o rosto da bondade e da misericórdia. Dentro de mim há egoísmo, venha com a tua infinita bondade”.
Jesus, muda o nosso coração!
Ao introduzir o segundo Mistério falou de “Jesus cruelmente flagelado, segundo o costume dos Romanos, que não previa o limite de golpes”. “Deus – disse o cardeal Comastri – deixou-se flagelar para dar uma virada à nossa história, com a terapia do amor, que é a terapia que segue Deus”. No final do segundo Mistério, o cardeal Comastri rezou: “Senhor Jesus, entraste na história humana e a encontraste hostil a Ti. Não nos agrediste, mas te deixaste agredir por nós”. E disse ainda: “Restitui a grandeza dos pequenos, mas infinitamente amados por Ti. Muda o nosso coração!”.
Jesus coroado de espinhos é o centro do terceiro Mistério. “Para ler este mistério – sublinhou o purpurado – devemos recordar as palavras que Jesus disse a Pilatos: ‘Eu sou o rei, mas meu reino não é deste mundo’. No reino de Deus, há os bons, os mansos, os misericordiosos. Com a paixão de Jesus foi colocada a premissa segura deste Reino”.
Quantas vítimas causa o egoísmo, talvez mais do que vírus
Ao introduzir o quarto Mistério, o cardeal Comastri sublinhou a figura de Simão de Cirene: “Que grande graça teve aquele homem. Nós também podemos ter a sua mesma experiência. Quem não tem alguém ao lado que carrega a cruz? Se quisermos, nós também podemos fazer como Simão de Cirene”. No final do Mistério rezou: “Senhor Jesus, o amor está se apagando e o mundo se torna frio, inóspito, inabitável. Despedace as correntes que nos impedem de correr para ajudar os outros. O bem-estar está nos desumanizando. Quantas vítimas causa o egoísmo, talvez mais do que vírus. Livra-nos da decadência do egoísmo e logo sentiremos uma invasão de felicidade no coração”.
A força do perdão
Por fim introduziu o quinto Mistério, no qual se contempla Jesus crucificado na cruz. “Da cruz de Jesus partem apenas lampejos de luz, que servem de lição”. O cardeal Comastri deu dois exemplos: Santa Maria Goretti, que antes de morrer perdoou seu assassino, e João Paulo II que perdoou Ali Agca que lhe disparou na Praça São Pedro. “Este é o cristianismo, assim vence o cristianismo, com o perdão que nasce do perdão de Cristo na cruz”. Por fim, depois do quinto Mistério a invocação a São Miguel Arcanjo.
(Fonte: Agência Sir)