Benin: bispo alerta que jihadistas prometeram atacar de novo

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Dom Martin Adjou Moumouni, bispo de N’Dali, alerta que o grupo, depois de atacar vilarejo e sequestrar seis pessoas, prometeu voltar. Ele relata prejuízo às atividades pastorais, em um contexto em que cresce a preocupação pela segurança no Benin.

Ricardo Balsani – Vatican News

A população de Kalalé, no nordeste do Benin, próximo à fronteira com a Nigéria, está muito assustada. No dia 10 de setembro, cerca de 200 militantes de um grupo jihadista saqueram casas, roubaram carros e motos, para em seguida fugir levando seis reféns. “Eles prometeram atacar de novo”, alerta à agência Fides dom Martin Adjou Moumouni, bispo de N’Dali, cuja diocese abranje o vilarejo.

O grupo responsável teria vindo da Nigéria, e dom Moumouni acredita que o principal objetivo seria sequestrar soldados e policiais, para depois exigir uma troca pelo chefe do grupo, preso no Benin. “Isso fica evidente pela tentativa de assaltar a delegacia local, sem sucesso, e também pela emboscada armada contra os militares de uma base próxima”, afirma o bispo. Os confrontos com as forças de segurança não deixaram vítimas, mas o alívio termina quando dom Moumouni pensa nos civis sequestrados.

Sequestros e interrupção das atividades pastorais

Esse não é o primeiro sequestro na região. No dia 27 de julho, cinco outras pessoas foram sequestradas, sendo que duas dessas já haviam sido libertadas antes do ataque a Kalalé. No total, são nove civis nas mãos dos jihadistas. Um dos libertados era um operador pastoral da diocese. “Estamos preocupados porque, além de ameaçar voltar a atacar em nossa região, os jihadistas disseram claramente que querem impedir a continuidade das atividades pastorais da Igreja”, declara o bispo de N’Dali.

Ele se lembra que, antes das ameaças, a região era um centro relevante de atividades missionárias, principalmente por parte da Sociedade das Missões Africanas (SMA). “Em Kalalé tivemos de evacuar as irmãs da Companhia de Jesus Salvador, uma ordem de origem espanhola, por causa da ameaça jihadista”.

Preocupação crescente no Benin

Em 17 de abril deste ano, um ataque a dois postos avançados do exército no extremo norte do Benin deixou 54 militares mortos e chocou o país. O responsável seria outro grupo jihadista que atua na região da tríplice fronteira entre Benin, Níger e Burquina Faso. Na ocasião, a Conferência Episcopal do Benin lamentou a tragédia e pediu orações pelos soldados mortos, por suas famílias e por seus colegas que continuam a proteger o país.

*Com informações da agência Fides.

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