Para o Pontífice, o Evangelho deste domingo nos desafia a examinar atentamente a nossa relação com o Senhor e, portanto, entre nós. Ao dizer que não podemos servir a Deus e ao dinheiro, Jesus pede a nós para assumir uma posição clara e coerente. É preciso decidir por um verdadeiro estilo de vida.
Vatican News
O Papa Leão presidiu à missa na paróquia de Santa Ana, considerada uma paróquia “de fronteira” por se achar exatamente no ponto em que o território italiano dá lugar ao território pontifício, em um dos acessos ao Vaticano, ao lado da Praça São Pedro. Instituída em 1929, foi confiada à Ordem Agostiniana, a mesma de Leão XIV.
O Papa, portanto, se sentiu em lar e saudou especialmente o pároco, Pe. Mario Millardi, bem como o novo Prior Geral da Ordem de Santo Agostinho, Padre Joseph Farrell. Pe. Robert Francis Prevost era o Prior quando o Papa Francisco celebrou nesta paróquia poucos dias depois de eleito, em 17 de março de 2013. Entre os concelebrantes, havia também o padre Gioele Schiavella, a quem o Santo Padre saudou com afeto pelos seus 103 anos há pouco completados.
Servir a Deus ou ao dinheiro é decidir por um estilo de vida
Em sua homilia, o Pontífice comentou o Evangelho do dia, em que Jesus afirma que “nenhum servo pode servir a dois senhores”, portanto, “não podeis servir a Deus e ao dinheiro” (cf. Lc 16,13). Este trecho nos desafia a examinar atentamente a nossa relação com o Senhor e, portanto, entre nós, disse o Papa. Jesus coloca uma alternativa muito clara entre Deus e a riqueza, pedindo a nós para assumir uma posição clara e coerente. Não se trata de uma escolha contingente nem de uma opção que pode ser revista no decorrer do tempo. É preciso decidir por um verdadeiro estilo de vida.
A sede de riqueza leva ao risco de substituir Deus quando consideramos que é ela a salvar a nossa vida. A tentação, advertiu, é pensar que sem Deus podemos viver bem, enquanto sem riquezas estaríamos tristes e aflitos. Esses pensamentos transformam o próximo em um concorrente. Mas a palavra do Senhor, explicou Leão, não contrapõe os homens em classes rivais, mas impele todos a uma revolução interior, a uma conversão. Nossas mentes foram feitas para planejar uma sociedade melhor, não para buscar negócios ao melhor preço.
O anúncio da Boa Nova diante da “despudorada indiferença”
O Pontífice encorajou os paroquianos a perseverarem com esperança num tempo seriamente ameaçado pela guerra. “Povos inteiros são hoje esmagados pela violência e, mais ainda, por uma despudorada indiferença, que os abandona a um destino de miséria. Diante desses dramas, não queremos ser submissos, mas proclamar com a palavra e com as obras que Jesus é o Salvador do mundo”.
“Que o seu Espírito converta nossos corações para que, nutridos pela Eucaristia, tesouro supremo da Igreja, possamos nos tornar testemunhas da caridade e da paz”, foram os votos finais do Papa Leão.