Inicia-se o Ano Centenário das Irmãs de Maria de Schoenstatt

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A história abençoada nesses 100 anos e as grandes obras realizadas por meio de pequenos instrumentos testemunham que Deus está presente e atuante, por meio de Maria, na e pela comunidade das Irmãs de Maria.

Ir. M. Nilza P. da Silva

Lema do Ano Centenário: “Maria – luz de nossa esperança”.

São cem anos de história e de colaboração com a Igreja para a evangelização de muitas nações, enriquecendo-a com o carisma dado por Deus ao Pe. José Kentenich, fundador de nosso Instituto secular e mais 25 fundações na Obra Internacional de Schoenstatt.

O Instituto Secular das Irmãs de Maria de Schoenstatt, em 1º de outubro de 1926, foi uma ousadia da fé do Fundador e as primeiras Irmãs, confiantes que essa iniciativa era uma resposta à inspiração do Espírito, pela intercessão da Mãe, Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável de Schoenstatt, pois só 21 anos depois esse estilo de vida consagrada receberia o reconhecimento canônico, com a constituição apostólica Provida Mater Ecclesia, publicada em 1947, pelo Papa Pio XII. Portanto, as Irmãs de Maria de Schoenstatt foram o primeiro Instituto Secular alemão e um dos primeiros em todo o mundo.

A história abençoada nesses 100 anos e as grandes obras realizadas por meio de pequenos instrumentos testemunham que Deus está presente e atuante, por meio de Maria, na e pela comunidade das Irmãs de Maria. Chegamos ao centenário com o número de 1450 Irmãs, provenientes de 42 nações, com frutuosa presença apostólica em 32 países, em todos os continentes, e com atuação missionária em alguns outros países.



Ano Centenário das Irmãs de Maria de Schoenstatt

Um único dia de comemoração não é suficiente para celebrar toda essa riqueza. Por isso, de 2025-2026 será um ano de recordações, de gratidão pelo passado, não para cultuar cinzas, mas, para aprofundar o arraigamento no carisma fundacional e deixar ardem em nossos corações o fogo divino que impulsionou aquelas que nos antecederam. Ao mesmo tempo, “com a mão no pulso do tempo e ouvido no coração de Deus”, como ensina Pe. José Kentenich, será um ano de reflexão para discernir como Deus deseja nos guiar nos próximos cem anos.

“Que possamos, repletas de gratidão, pela bênção de Deus nos 100 anos que passaram e com uma nova abertura à condução do Espírito Santo, cumprir a nossa missão para Schoenstatt, para a Igreja e para o Mundo de HOJE com renovada força e irradiação.” Ir. M. Joanna Buckley (Superiora Geral)

Nós o convidamos a viver conosco este Ano da Graça. A abertura internacional do Ano Jubilar, será no dia 5 de outubro, nas missas das 9 horas (4 horas no Brasil) na Igreja da Adoração, em Schoenstatt e às 10h30min (5h30min no Brasil) na Igreja dos Peregrinos, ambas transmitidas pelo Canal do YouTube, Schoenstatt TV.

Em nosso site https://www.s-ms.org/pt-br/ você encontra mensalmente uma publicação na série “Rostos da Esperança”, são histórias de vida de Irmãs de Maria, de diferentes culturas, gerações e profissões. Desde já, convidamos também para a festa jubilar internacional, em Schoenstatt, no dia 3 de outubro de 2026.

Ano Centenário das Irmãs de Maria de Schoenstatt

Ano Centenário das Irmãs de Maria de Schoenstatt

Uma história repleta de fé e ousadias na confiança

Cada vez mais mulheres se agregavam a nova fundação, logo no início do Movimento Apostólico de Schoenstatt, e o Pe. José Kentenich buscava colaboradoras para dedicarem seu tempo integral a serviço essa florescente inciativa. Seu desejo era criar um “Movimento feminino autônomo e independente”, no qual as mulheres “assumissem a liderança”.

Em 1º de outubro de 1926, 18 jovens se colocaram à disposição para essa tarefa. Apesar da insegurança no tempo pós-guerra, elas abandonaram suas profissões e começaram na mais extrema pobreza, mas com o entusiasmo e o idealismo de dar início a uma comunidade inovadora. Em sua vocação para Schoenstatt como Movimento leigo, elas queriam viver uma vida consagrada a Deus semelhante à das ordens religiosas, mas no ritmo de vida e com a espiritualidade dos leigos. Ainda não havia espaço para esse tipo de comunidade na Igreja e nem havia certeza de que essa aventura teria sucesso.

Mas esse idealismo se espalha rapidamente e, em apenas duas semanas após a fundação, já surge a primeira Filial das Irmãs de Maria fora do lugar Schoenstatt. Em 1928, a comunidade já contava com 110 Irmãs e, um ano depois, elas já eram em 179, organizadas em 25 Filiais. Cinco anos após sua fundação, em 1931, as Irmãs de Maria já atuavam em cerca de 40 locais na Alemanha.

“Nós, como Comunidade, fomos fundadas para Schoenstatt e ajudamos, direta ou indiretamente, para que toda a Obra de Schoenstatt seja inspirada e vivificada pelo carisma do nosso Fundador: Que a Mãe Três Vezes Admirável (MTA), a partir do Santuário, possa atuar como Educadora do novo homem na nova comunidade através de Schoenstatt em toda a Igreja e no mundo,” partilha Ir. M. Joanna.

Deus apresenta seus desejo pelos meios que nem sempre esperamos

Em 1933, Hitler assume o poder na Alemanha. Com isso, a existência do ainda jovem Movimento Apostólico de Schoenstatt e da comunidade das Irmãs de Maria fica gravemente ameaçada. Pe. Kentenich decide, então, dar o passo ousado de enviar Irmãs missionárias de Schoenstatt para o exterior. As Irmãs, todas jovens, muitas vezes, não tinham a capacitação e a experiência necessárias, além disso, a comunidade ainda não tinha seu lugar oficial na Igreja e sequer tinha compilado seus estatutos. Mas, Deus falava pelas circunstâncias e o tempo era curto. Já em dezembro de 1933, as primeiras Irmãs de Maria foram enviadas para a África do Sul, em 1935 outro grupo foi enviado ao Brasil e, no ano seguinte, em 1936, outros grupos para a Argentina, Chile e Uruguai. Os novos começos exigiram grandes sacrifícios, mas foram muito abençoados: a missão que Deus confiou a Maria, em seu Santuário, em Schoenstatt, se expandiu e abraçou o globo terrestre.

Olhando para trás, vemos muitas conquistas que exigiram muito da força humana das Irmãs de Maria. Constantemente, elas ousaram crer, confiar e se arriscar, fizeram muitas experiências comprovadas de que a Aliança de Amor com Maria nos sustenta. Isso nos enche de grande gratidão e esperança no porvir. “Se confiarmos ainda mais em seus cuidados, a Mãe de Deus realizará obras ainda maiores,” nos ensina o Pe. Kentenich.

Ser Maria em todos os lugares e culturas

Experimentamos que, pela Aliança de Amor com a Mãe e Rainha, os princípios do cristianismo se tornam um projeto de vida para muitas pessoas, elas se reencontram, surgem e se fortalecem seus vínculos com Deus, com o próximo e o cuidado pelo planeta, porque o amor a Cristo se irradia e se aplica nas menores coisas do dia a dia. Como Irmãs de Maria, como ela, nosso empenho é para tornar Cristo presente por meio de nosso ser e agir.

Para que isso se realize no maior número possível de lugares e culturas, nosso estilo de vida se ajusta às diversas situações: o Instituto tem membros que vivem sozinhas e outras que mantêm, total ou parcialmente, uma vida comunitária, sob o mesmo teto, há membros que usam trajes de consagradas e outras que atuam em trajes civis. Há Irmãs de Maria que atuam sozinhas em profissões laicais e outras que atuam em equipe em obras do próprio Instituto, como escolas, hospitais e instituições sociais.

Mas, temos uma identidade comum nessa diversidade de ações, uma característica especial: ser Maria hoje, quer seja na individualidade de cada membro ou em nossa atuação comum.

A serviço do carisma de Schoenstatt

Como Irmãs de Maria de Schoenstatt, somos chamadas por Deus a serviço da missão que Ele confiou à Maria, em seu Santuário de Schoenstatt, pelo carisma do Pe. José Kentenich. Atuamos em muitos dos cerca de 200 Santuários de Schoenstatt, em todo o mundo, 80 centros de Schoenstatt, com Santuários, estão sob a nossa responsabilidade. Esses centros de espiritualidade são considerados indispensáveis para muitas Igrejas locais. Em vários países, cerca de 250 Irmãs de Maria trabalham exclusivamente para os ramos do Movimento Apostólico de Schoenstatt, especialmente para os grupos de jovens, mulheres e famílias e para a Campanha da Mãe Peregrina, por meio da qual Cristo é levado até as periferias da sociedade.

Pelos desafios Deus amplia nossa visão

Como outras comunidades religiosas, atualmente passamos por um processo de transição, porque também sentimos o declínio no número de novas vocações. As quase 1.500 Irmãs de Maria, que pertencem ao nosso Instituto aqui na terra, são acompanhadas pelas 2.200 que nos ajudam pela intercessão junto de Deus. Ao mesmo tempo, temos novos e promissores campos de atuação em vários países, por exemplo, no Quênia, Vietnã e Romênia. Nossa superiora geral, resume: “No início deste novo século, enfrentamos situações que exigem toda a nossa dedicação e confiança. Mas, expor desafios faze parte do estilo de liderança de Deus. Com isso, Ele sempre nos surpreende, ao expor também novas possibilidades, que não tínhamos percebido antes”.

Por isso, é com felicidade que iniciamos nosso Ano Jubilar Centenário. Nosso lema jubilar resume a experiência de nossos primeiros 100 anos e nossa confiança no porvir:

“Maria – luz de nossa esperança”.

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