Um forte terremoto atingiu as Filipinas e deixou seis vítimas fatais, dez dias após outro terremoto, o mais mortal desde 2013. O novo bispo de Cebu, dom Alberto Uy, fala da resposta humanitária ao terremoto de duas semanas atrás, em um país frequentemente atingido por desastres naturais.
Ricardo Balsani – Vatican News
Um forte terremoto, de magnitude 7.4, atingiu o sudeste das Filipinas na manhã de sexta-feira (10/10) e matou pelo menos seis pessoas. O tremor, que teve epicentro no mar, a 47 quilômetros da cidade de Manay, também provocou deslizamentos e danificou muitos prédios na província de Davao Oriental. Foi emitido um alerta de tsunamis e seis províncias evacuaram suas áreas costeiras, mas as ondas produzidas não chegaram a oferecer perigo.
Segundo terremoto em duas semanas
As Filipinas ainda se recuperam de outro terremoto, de magnitude 6.9, que atingiu o centro do país no dia 30 de setembro. O tremor teve epicentro ao norte da ilha de Cebu e deixou 74 pessoas mortas, o terremoto com o maior número de vítimas desde 2013. No mesmo dia 30, tomou posse o novo arcebispo de Cebu, dom Alberto Uy, que falou à agência Fides sobre a resposta ao acidente na sua diocese.
“Nesta fase, estamos organizando a ajuda aos desabrigados, e a Caritas mobilizou voluntários. Vemos pessoas se doando sem reservas, atuando em hospitais e nos campos de refugiados. É um testemunho comovente de solidariedade e proximidade com quem precisa, com aqueles que perderam suas casas e seus bens”, declara dom Uy. Desde o momento da tragédia, o novo arcebispo tem procurado visitar comunidades atingidas, para trazer conforto e consolo. “Procurei encorajá-las dizendo: ‘não tenham medo, o Senhor está com vocês’. Vi pessoas rezando sem cessar e confiando plenamente em Deus em um momento tão difícil, marcado pela precariedade, pelo sofrimento e pela pobreza”, recorda o arcebispo.
Desastres naturais frequentes
As Filipinas se localizam no chamado “Círculo de Fogo” do Oceano Pacífico, onde terremotos e erupções vulcânicas são frequentes. Além desses, o arquipélago é atingido por cerca de 20 tufões e tempestades tropicais todos os anos. A repetição de desastres naturais faz com que a resposta a esse tipo de emergência se torne uma tarefa fundamental para o governo e para grupos de voluntários.
*Com informações da Agência Fides e de outras agências de notícias.