Entrevista com o padre Vitor Aguilar, que está retornando ao Brasil após uma peregrinação pela Itália. Ele destacou a experiência de celebração da missa, a importância do contato com os peregrinos e a vivência espiritual durante a caminhada.
Silvonei José – Vatican News
Recebemos nesta segunda-feira, nos Estúdios da Rádio Vaticano – Vatican News o padre Vitor Aguilar do Rio de Janeiro. Padre Vitor está guiando um grupo de fiéis que conclui a sua peregrinação pela Itália.
Padre Vitor, que felicidade o ter conosco, seja bem-vindo. “Muito obrigado Silvonei, é um grande prazer pra mim estar aqui, no meu último dia aqui em Roma. Já estou voltando para o Brasil, para o Rio de Janeiro, onde tenho que presidir a santa missa lá na paróquia Santa Teresa de Jesus, onde sou pároco, a missa de São Simão e São Judas, apóstolos”.
Como é que foi essa experiência de peregrinação? “Foi uma experiência realmente fascinante e ao mesmo tempo profunda, de experiência com Deus. Passamos por São Giovanni Rotondo, passamos pelo Monte Gargano, por Cássia, por Assis, por Pádua, Veneza, Florença. E Veneza não é só um lugar de grande beleza, mas é lugar realmente de riquíssima história religiosa também, por conta da Basílica de São Marcos, onde se encontram as relíquias do Santo Evangelista. As pessoas geralmente pensam num lugar como este mais na grande beleza, mas também é lugar de muita muita história, de muita riqueza religiosa. E agora Roma. Então passamos pelas pelas Basílicas, as 4 Basílicas papais. Então foi realmente uma experiência enriquecedora. Passamos agora pela igreja Santa Maria della Vitoria, onde está a escultura de Bernini, o êxtase de Santa Teresa, que é a minha padroeira. Então, para mim foi uma grande felicidade também conhecer agora, agora há pouco, a igreja dos carmelitas mensageiros do Espírito Santo e a Rádio Vaticano”.
Padre Vitor, como é a experiência de estar também com muitos peregrinos? “Eu tenho grupo de 16. É uma experiência nova pra mim porque é a primeira vez que eu saio como diretor espiritual de um grupo. Eu tenho 4 anos de sacerdócio, mas uma viagem internacional com grupo de peregrinos é a primeira vez. É uma experiência diferente. Em primeiro lugar, claro, celebrar a Santa Missa, garantir que o povo tenha eucaristia diária durante todos os dias da peregrinação. Ao mesmo tempo conhecer um pouquinho dos santuários. Então, nas homilias a gente faz questão de falar também sobre a história dos santos. Realmente é uma experiência enriquecedora, tendo também a atenção para com os idosos”.
Quem faz peregrinação parte de um jeito e volta de outro. Como é que o senhor está voltando ao Brasil? “Cheio da graça de Deus posso dizer. Experiência realmente única, aliás também estar e participar do Angelus com o Santo Padre no ano do jubileu é uma experiência enriquecedora. É a primeira vez que vejo, ao vivo, Leão XIV. Então é uma experiência realmente única e estar aos pés de Pedro também. Então, levar pouco dessa dessa experiência de Deus para minha paróquia, a experiência de ser Ireja católica, de ser com os irmãos e irmãs”.
Naturalmente os seus paroquianos vão questionar, mas padre, conta para nós, qual é o momento mais relevante dessa peregrinação? “De todos, penso que realmente o Angelus com o Santo Padre. A acho que é o momento mais forte de toda a peregrinação exatamente porque estamos junto com Pedro, e estamos com Pedro, estamos junto com Cristo”.
Voltando agora a lar, o trabalho que continua, como é que está a sua paróquia? “Ela é uma grande bênção. Acabamos de celebrar a festa da padroeira. Daqui a pouco temos finados, todos os santos, finados, o Natal. O Natal do senhor. Então nós nos alegramos com todos os irmãos. Temos várias capelas no bairro de Santa Teresa. Bairro ao mesmo tempo boêmio, mas também com os grandes desafios das comunidades, as favelas. Temos as várias comunidades e subir e descer as comunidades, as favelas do Rio de Janeiro, sempre é desafio, mas ao mesmo tempo a gente vai com uma com grande felicidade no coração por levar o Cristo, por levar o Cristo ressuscitado e levar a eucaristia aos irmãos e irmãs”.
O nosso olhar é claro, para todos os santos, finados, mas também vai mais além como o senhor disse, já olhamos também para o Natal. Que Natal será? “Será o Natal de realmente experiência com Deus. Natal de encontro com aquela presença do menino Jesus no presépio”.
Eis a íntegra da conversa:

