Num documento, apresentado esta sexta-feira (22/05) em Luanda, os Bispos da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST) destacam a importância necessária e imprescindível das medidas contidas no estado de emergência e apelam por mais apoios às famílias mais carenciadas, sobretudo pelo confinamento em tempo de pandemia pelo novo Coronavirus (Covid-19).
Anastácio Sasembele – Luanda, Angola
A nível da pastoral da Igreja os Bispos destacam, sobretudo, duas das mais graves consequência do isolamento social: a suspensão das celebrações dos sacramentos em geral, com destaque para a celebração da Eucaristia com a presença física dos fiéis e a suspensão da catequese e de outras actividades pastorais vitais dos vários grupos e apostolado laical.
“Felizmente, à luz da nossa fé, não vemos apenas coisas negativas nos acontecimentos históricos mas, nos sinais dos tempos, vemos Deus, o Senhor da história a agir”, realçou D. Gabriel Mbilingi, presidente da Comissão episcopal de justiça e paz da CEAST, a quem coube a apresentação do documento.
Aos sacerdotes e consagrados em geral os Bispos da CEAST recomendam a não abdicarem das suas responsabilidades pastorais, animando a pastoral caritativa e os valores evangélicos da solidariedade, da compaixão, da preocupação pela vida própria e alheia.
Às famílias cristãs, e não só, os Bispos recordam, “ sois igrejas domésticas, lugares da prática das virtudes cristãs”.
Como pastores os Bispos da CEAST manifestam preocupação com a precariedade social de muitas famílias, em tempo de Covid-19, onde a fome, sede e o desemprego são das principais dificuldades dos cidadãos de Angola e São Tomé.
Os Bispos transmitem também uma palavra de reconhecimento e encorajamento às autoridades governamentais com destaque para as autoridades sanitárias.
Até sexta-feira (22/05) Angola somava, 60 casos positivos de Covid-19, dos quais três óbitos, 18 recuperados e 39 casos activos (clinicamente estáveis), sendo 32 de transmissão local.