No dia 10 de outubro, será realizada a beatificação em Assis na Basílica papal de São Francisco. do jovem milanês, Carlo Acutis interessado pela internet e apaixonado por Jesus e pela Igreja. A ele foi reconhecido o milagre de um menino brasileiro, ocorrido em 2013. Padre Figueiredo fala com exclusividade um o jovem a caminho dos altares.
“A Eucaristia é minha autoestrada para o céu e Encontra Deus e encontrarás o sentido da tua vida” – Carlos Acutis
Ricardo Gomes – Diocese de Campos
Neste tempo de Pandemia em que os jovens vivem o desafio do isolamento social o exemplo de Carlos Acutis pode servir à busca da santidade em tempos de desafios e incertezas. Uma história de fé na santíssima Eucaristia. Uma vida breve, Carlos morreu aos 15 anos de idade e era considerado o gênio da informática que amava profundamente a Eucaristia. A vida de um jovem apaixonado pela Eucaristia e por Nossa Senhora. Essa paixão o ajudou a não temer a morte aos seus 15 anos de idade.
É impressionante a maturidade desse garoto. Ele morreu aos 15 anos e desenvolveu um conhecimento esplêndido e exemplar da fé. Ele era um garoto quando se apaixonou pela Eucaristia, depois também voltou sua devoção a Nossa Senhora. Foi catequista, conseguiu transmitir a fé aos adolescentes, não apenas na forma clássica dos encontros, mas também explorou os meios telemáticos. Realizou um projeto informático sobre os temas da fé. Tinha um site sobre milagres eucarísticos. Esse jovem viveu sua fé ao máximo. Também são impressionantes as palavras expressas nos últimos dias. Ele disse: “Quero oferecer todos os meus sofrimentos pelo Senhor, pelo Papa e pela Igreja. Eu não quero ir para o purgatório. Eu quero ir direto para o Paraíso”. Aos 15 anos! Um garoto que fala assim nos impressiona e estimula todos a não brincar com a nossa fé, mas levá-la a sério.- destaca o Cardeal Angelo Becciu – Prefeito da Congregação das Causas dos Santos,
Carlo Acutis nasceu em Londres, em 3 de maio de 1991. Faleceu em Monza por causa de uma leucemia fulminante em 12 de outubro de 2006. Foi declarado Venerável em 5 de julho de 2018. Quase um ano depois, seus restos mortais foram transferidos para o Santuário da Espoliação em Assis. A ele foi reconhecido o milagre de um menino brasileiro, ocorrido em 2013. A criança sofria de distúrbios significativos do trato digestivo, com uma rara anomalia anatômica congênita do pâncreas, mas a cirurgia não foi realizada. A família e sua comunidade pediram a intercessão de Carlos para salvar seu filho.
Padre Ricardo Figueiredo lançou em Portugal o livro Não eu, mas Deus – biografia espiritual de Carlo Acutis afirma que o grande apostolado do jovem era o seu testemunho de fé e felicidade em Jesus Cristo. Para o sacerdote Carlos Acutis e um jovem que se dedicava intensamente a oração e, por outro lado, como todos de sua idade, tinha uma convivência com os amigos muito viva. Praticava esportes, divertia-se com jogos de computador, gostava de desenhos animados, e assim a sua vida normal era capaz de transportar sinais fortes da vida de Deus nele. Carlo tinha um notável talento para a informática, onde aplicou os seus conhecimentos na obra da evangelização. O jovem chegou a organizar uma exposição na internet sobre os milagres eucarísticos realizados em diversos lugares do mundo.
Padre Figueiredo destaca que a característica mais marcante no jovem é a forma como na sua juventude conseguiu alcançar tão alta vida espiritual: a intimidade que ele tinha com Jesus. Para ele, a oração nunca era um momento de abstração, mas um encontro concreto com Deus. O autor afirma que o grande apostolado do jovem era o seu testemunho de fé e felicidade em Jesus Cristo. Nas páginas deste livro é possível observar como Carlo era muito exigente na vida da fé. Em entrevista exclusiva Padre Ricardo Figueiredo fala do exemplo de santidade do jovem e da aprovação das virtudes heróicas.
– O Papa Francisco reconheceu suas virtudes heróicas e o milagre que aconteceu no Brasil Carlos Acutis vivei apenas 15 anos e viveu uma grande amizade com Jesus e vai ser apresentado pela Igreja como exemplo de santidade e alem do amor a Eucaristia e a fé muito viva de que no Sacrário está Jesus Cristo presente em Corpo, Sangue, Alma e Divindade e a outra dimensão a ajuda aos pobres e era conhecido nos abrigos em Milão porque dava comida e ajudava e apoiava os irmãos que cuidavam dos mendigos e moradores em situação de rua e por isso e as duas dimensões: a oração e a caridade o que o faz exemplo de um jovem santo. – conta Padre Figueiredo.
E o exemplo de Carlos Acutis neste tempo de Pandemia pela sua facilidade pela sua facilidade em usar os meios digitais e usaria esses recursos para evangelizar e mostrar aos jovens que a vitoria aos desafios é de mesmo em isolamento social a fé em Cristo, o amor a Eucaristia e a Nossa Senhora, respeitando as orientações sanitárias de distanciamento social.
– Ele estaria evangelizando pela internet, ajudando as pessoas a rezar e a não perder a ligação a Deus. Estou certo que ele veria este momento como uma oportunidade para crescer na amizade com Jesus, no espírito de adoração (mesmo à distância) e na preparação do coração para receber Jesus. Penso que esta é a forma que todos devemos cultivar neste momento: crescer na amizade com Jesus. Dedicar mais tempo à leitura e oração bíblica, rezar o terço e lançar mão das devoções que temos ao nosso alcance. De forma especial, penso que este é um tempo para formar-se na fé. – relata Padre Figueiredo.
Padre Ricardo Figueiredo recorda que a grande lição de Carlos Acutis é que antes de mais, que «a Eucaristia é nossa autoestrada para o Céu», ou seja, ajudaria as pessoas a viver em «espírito eucarístico» o dia-a-dia: oração, sacrifícios para Deus, procurar ajudar os outros, etc.. Assim, a melhor receita para os jovens em isolamento é ajudar os outros a fazer oração. Aqui em Portugal muitos grupos de jovens se juntaram durante o isolamento para rezar o terço pelo computador. Também se promoveram muitos encontros de catequese e formação durante este tempo. Importa sermos criativos e o Carlo seria muito criativo, procurando formas de ajudar a crescer na fé.
— Hoje precisamos de jovens santos que antes de mais são Jovens, Isto é: não podem ser pessoas estranhas e longínquas. Um santo não pode ser alguém com quem não me identifico pessoalmente. Os santos são homens e mulheres, moços ou moças, que no seu dia-a-dia aprenderam a ser fiéis a Deus e à sua vontade. Só assim podem ser exemplos luminosos para todos. – conclui.