Fundo Covid-19 criado pelo Papa socorre populações no Níger, Gâmbia e Zâmbia

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Dioceses do Níger, Gâmbia e Zâmbia recorreram às Pontifícias Obras Missionárias, para receber ajudas do Fundo Covid-19 criado pelo Papa Francisco.

Cidade do Vaticano

O Níger se estende em grande parte no deserto do Saara e, apesar da falta de chuva, o setor agropastoril é a fonte quase exclusiva de meios de subsistência para seus habitantes, que habitualmente vivem em situação de pobreza.

O país, de maioria muçulmana, enfrenta hoje três crises hoje: a da segurança, ligada à ação de grupos terroristas, que dura já há alguns anos; a alimentar, e com a chegada da Covid-19, também da saúde.

 

A Igreja, que até 2000 tinha apenas uma diocese no país, sempre lutou para melhorar as condições de vida das pessoas, organizando escolas nos lugares mais remotos e abandonados pelo Estado, centros profissionais para os jovens, projetos sociais e de desenvolvimento destinados à população rural, que constitui 80% da população total.

As medidas de isolamento adotadas pelo governo e pela Igreja para conter a pandemia, tiveram um impacto negativo na vida das pessoas e das famílias, que geralmente sobrevivem graças a pequenos trabalhos diários. O apoio estatal é insuficiente para lidar com a grave situação surgida.

Com as ajudas enviadas pelo Fundo de Emergência criado pelo Papa Francisco junto às Pontifícias Obras Missionárias (POM) para apoiar as Igrejas dos países missionários diante da emergência de Covid-19, a Diocese de Maradi, que cobre 2/3 do território do Níger, poderá continuar a ajudar as famílias pobres das várias paróquias, por meio da entrega de necessidades básicas.

Já na Arquidiocese de Niamey, será possível apoiar o Foyer de acolhida de São Vicente, administrado pelas Irmãs do Getsêmani, que acolhe crianças de 4 a 12 anos, órfãos ou de famílias pobres. Com o isolamento, de fato, os recursos econômicos para seu funcionamento, provenientes sobretudo do exterior, tornaram-se raros e a estrutura passa por dificuldades para continuar seu trabalho de assistência às crianças.

Gâmbia

 

A pandemia de coronavírus também afetou a Gâmbia, com as consequentes medidas restritivas de prevenção que tiveram efeitos negativos não apenas na vida social e econômica do país, mas também no ministério de sacerdotes, religiosos e catequistas da Diocese de Banjul.

 

Com a suspensão das Missas com a participação dos fiéis e todas as outras atividades pastorais e escolares, de fato, vieram a faltar ofertas e outras formas de apoio aos agentes pastorais. O problema mais urgente para a diocese, que pediu ajuda ao Fundo POM, é garantir a manutenção de suas estruturas, que estão ao serviço da população, e das pessoas que se dedicam generosamente à evangelização nas paróquias e nas escolas.

Zâmbia

 

Outros pedidos de ajuda para lidar com as consequências da pandemia partiram da Zâmbia. A Diocese de Chipata, com 36 paróquias e 506.983 fiéis católicos, cobre um território muito grande na parte oriental do país, onde a população vive da agricultura de subsistência e está em situação de emergência.

Os 190 catequistas, fundamentais na evangelização e formação cristã de crianças e adultos, tem necessidade de ajuda. Mas também a Cúria diocesana, para manter sua estrutura funcionando.

A Arquidiocese de Kasama, que se estende pela zona rural no norte do país, também está entre as áreas mais pobres da Zâmbia. Com o fechamento das igrejas, faltam as imitadas ofertas dos fiéis, mas suficientes para assegurar o sustento mínimo dos sacerdotes que se dedicam ao compromisso com a evangelização e o trabalho pastoral.

Um projeto de solidariedade entre paróquias está em andamento há algum tempo, mas a situação atual devido ao isolamento não consegue cobrir as necessidades extraordinárias.

(SL- Agência Fides)

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