Parabéns CPLP pela “projeção crescente da língua portuguesa”

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Organização lusófona assinalou em Lisboa 24º aniversário da sua criação.

Domingos Pinto – Lisboa

“Parabéns CPLP pela resiliência enquanto organização dispersa nos quatro continentes, pelos consensos alcançados na abordagem dos seus três pilares constitutivos: A promoção da língua portuguesa, a concertação político-diplomática e a cooperação em todo os domínios”.

Foi desta forma que o secretário executivo da Comunidade de Países de Língua Portuguesa assinalou no passado dia 17, em Lisboa, os 24 anos da fundação da organização lusófona.

A CPLP, uma das mais jovens organizações do mundo, foi criada no dia 17 de julho de 1996, integra atualmente nove países, nomeadamente, Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste e integra 19 observadores. 

Na sessão solene comemorativa na sede na capital portuguesa, o embaixador Francisco Ribeiro Telles reafirmou a relevância da CPLP “como espaço de cooperação, solidariedade e amizade entre os povos que partilham não só a língua portuguesa, mas também outros valores comuns identitários”.

Na mesma linha as declarações do Presidente da República de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, na qualidade de presidente em exercício da CPLP que defendeu os valores fundadores da CPLP, e apontou caminhos para o porvir, apear da pandemia que está a atingir os países que integram a comunidade lusófona.

“A CPLP não é, não pode ser uma mera estância de relacionamento formal entre os órgãos políticos dos nossos estados, mas antes o elemento estratégico da nossa ação enquanto países no mundo, pois que ela é produto de uma história comum de séculos, de encontros de desencontros, é certo, mas que nem por isso deixa de fazer parte do que fomos influenciando de forma decisiva o que somos hoje e contagiando o porvir que queremos construir”, disse Jorge Carlos Fonseca.

O Presidente de Cabo Verde referiu depois o “grande entusiasmo que o projeto de mobilidade tem suscitado junto dos cidadãos como ferramenta incontornável de aproximação, de intercâmbio e de reforço de cooperação em todos os domínios, um instrumento que aproxima, que une, e que nos faz acreditar ainda mais no porvir da nossa comunidade.

Jorge Carlos Fonseca explicou que “o isolamento não é resposta adequada hoje em dia”, e considera que “esta pandemia demonstrou que mesmo quando nos confinamos como medida profilática, intensificamos as relações com os outros” à busca das soluções.

“Queria deixar uma palavra de conforto e de solidariedade aos países membros da tragédia que sobre todos se abateu, 

com esta pandemia do Covid-19, que infelizmente ainda assola os nossos países, com perda de muitas vidas e dramas sociais intensos, pelo desemprego e acentuada quebra de rendimento das famílias”, concluiu o  Chefe de Estado de Cabo Verde e presidente em exercício da CPLP que elogiou sobretudo o desempenho dos profissionais de saúde no combate à pandemia.

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