Coluna Mariana retorna ao centro de Praga com a bênção do cardeal Duka

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Depois de 30 anos de controvérsias e a negativa do Conselho da Cidade, a imagem da Virgem, no alto de uma coluna, retornou ao centro histórico da capital tcheca. Para o cardeal Dukas, é um símbolo de reconciliação e cooperação ecumênica das Igrejas cristãs na República Tcheca.

Vatican News

Foi abençoada na última semana pelo cardeal Dominik Duka, a Coluna Mariana na Praça da Cidade Velha de Praga, na República Tcheca, reconstruída depois de mais de cem anos, em memória à vitória de 1648 sobre o exército sueco, a última batalha da Guerra dos Trinta Anos.

Milhares de pessoas participaram da cerimônia para comemorar a volta do monumento ao centro histórico, enquanto um pequeno grupo de manifestantes protestava por considerá-lo um símbolo do antigo regime.

A obra foi confiada ao escultor Petr Vána e as obras para a sua realização tiveram início em 1995. A Prefeitura de Praga aprovou a sua restauração em janeiro deste ano e a Coluna Mariana foi realocada na Praça da Cidade Velha em 4 de junho.

 

A escultura da Virgem tem a cabeça rodeada por um halo de 12 estrelas douradas e na sua base quatro anjos simbolizam a luta contra o mal. Durante a cerimônia, Vána colocou aos pés do monumento três rosas em arenito, mármore e granito, os três tipos de materiais usados ​​para sua realização, enquanto o cardeal Duka, arcebispo de Praga, fazia um convite à reconciliação das memórias.

A construção da Coluna Mariana foi feita a pedido do imperador Ferdinando III. Com Praga sitiada pelos exércitos suecos, a população se reuniu em oração na praça onde estava exposto um ícone da Virgem. Afastados os inimigos e assinada posteriormente a Paz de Westfália, em sinal de agradecimento a Nossa Senhora, em 1650, foi erguida uma coluna de 15 metros de altura com uma estátua no topo feita pelo escultor Jan Jirì Bendl.

A coluna votiva também foi considerada uma ostentação do poder dos Habsburgos e da Igreja Católica e, portanto, uma ode ao império e à ortodoxia confessional. Por esta razão, em 3 de novembro de 1918, no limiar do colapso da antiga monarquia dos Habsburgos e proclamada a independência da Tchecoslováquia, uma multidão de nacionalistas tchecos a destruiu.

Nos anos seguintes, pensou-se na reconstrução do monumento, mas a Segunda Guerra Mundial e o advento do totalitarismo comunista ateu fizeram o projeto naufragar. Após a “Revolução de Veludo” de 1989, foi fundada uma “Sociedade de Reconstrução” que encomendou ao escultor Petr Vána a confecção de uma nova estátua e uma nova coluna, idênticas às do século XVII.

Desde o início dos trabalhos passaram-se 25 anos. Tendo em vista a cerimônia de bênção da Coluna Mariana, a Arquidiocese de Praga havia convocado uma novena.

Vatican News Service – TC

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