Campanha da Mãe Peregrina é sinal missionário de uma Igreja em saída

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Neste dia 10 de setembro, a Campanha da Mãe Peregrina de Schoenstatt completa 70 anos. Por meio desta imagem, a Igreja entra de lar em lar por mais de 200 países.

Vatican News

“Na vida fragmentada de hoje, onde nos arriscamos a perder o fio à meada, é essencial o abraço da Mãe”. Este conselho – que o Papa Francisco chama de “remédio” – pode parecer simples, mas tem se mostrado eficaz na vida de inúmeras famílias que acolhem Maria nos lares e no coração. Neste dia 10 de setembro, a Campanha da Mãe Peregrina de Schoenstatt completa 70 anos e comprova, na prática da vida diária, as palavras do Santo Padre.

A Campanha começou no Brasil, na cidade de Santa Maria/RS, e hoje alcança 264 circuncisões eclesiásticas do país. Pelo protagonismo leigo, os missionários desejam levar a Igreja, na singela imagem de Nossa Senhora, aos lugares mais distantes e de difícil acesso, de maneira especial, levar Jesus e Maria ao seio das famílias mais fragmentadas. A presença missionária da Campanha chega hoje a mais de 200 países, visitando hospitais, presídios, escolas, empresas, nas mais diversas realidades do mundo.

A Mãe de Deus, afirma o Papa, “abraça muitas situações concretas e está presente onde há necessidade: vai achar a prima Isabel, socorre os esposos de Caná, encoraja os discípulos no Cenáculo… Maria é remédio para a solidão e desagregação. É a Mãe da consolação, a Mãe que ‘consola’: está com quem se sente só. Ela sabe que, para consolar, não bastam as palavras; é necessária a presença. E Maria está presente como mãe”.

Maria é uma presença discreta, mas de impacto

O bispo de Barretos/SP, Dom Milton Kenan Júnior, se surpreende: “Encontrei muito viva a Campanha da Mãe Peregrina pela presença dos missionários e pelo número de famílias que acolhem a imagem. A gente vai se dando conta que, embora seja uma presença muitas vezes discreta e silenciosa, é uma presença que marca a vida das pessoas. É uma presença que traz esperança, leva felicidade às famílias que a acolhem”.

Na convicção do Papa Francisco, “Nossa Senhora nos enraíza na Igreja”. Isso se observa na vida do casal Gislaine Lopes e José Maurício de Souza, de Maceió/AL. Eles viviam juntos há dez anos, porém, casados apenas civilmente. “Estávamos felizes, mas não vivíamos em comunhão com a Igreja. Não tínhamos o sacramento do Matrimônio. Maurício seguia a doutrina espírita e eu, embora tenha sido criada na fé católica, não dava a devida importância”, conta Gislaine.

Foi num momento de crise conjugal que a presença da Mãe de Deus fez
toda a diferença: “Em 2000 eu recebi o convite para receber a Mãe Peregrina em nosso lar, mas a recusei. Passaram-se cinco anos. Estávamos em 2005 e nosso casamento estava em uma crise muito grande, quase nos separamos. Foi quando uma noite me deparei com a imagem da Mãe Peregrina na minha sala – alguém a deixou em nossa lar por erro. Andei alguns dias a procura da missionária para devolver a imagem e, ao encontrá-la, lembrei-me do dia em que a havia rejeitado. Mas a Mãe e Rainha não nos rejeitou. De imediato, pedi à missionária para nos colocar na lista de famílias para receber a Mãe em lar. Dali em diante foram meses de renovação em nosso relacionamento de casal e com os nossos filhos. Aos poucos, mês a mês, eu fui retornando às missas e Maurício foi se afastando das reuniões espíritas. Em setembro de 2007 nós nos casamos na Igreja, Maurício fez a primeira eucaristia e no ano seguinte fizemos a Crisma juntos. Desde então somos missionários na Campanha da Mãe Peregrina e agentes da Pastoral Familiar”.

Deus escolhe os pequenos

Para o início da Campanha, Deus escolhe um homem simples, camponês e comerciante da cidade de Santa Maria/RS: o Servo de Deus João Luiz Pozzobon, cujo Processo de Beatificação segue na Congregação para a Causa dos Santos. Ele é apontado como um modelo de pai, esposo, diácono e missionário: “É uma felicidade para a Arquidiocese de Santa Maria ser o berço deste apostolado, berço deste ‘homem de Deus’ que foi João Pozzobon. Um apóstolo ‘pé no chão’, bem como pede o Papa Francisco, que vai ao encontro das pessoas nas escolas, nos presídios, nas famílias…”, comenta o arcebispo Dom Hélio Adelar Rubert.

70 anos iluminando vidas

Segundo o Papa Francisco, “quando chega Maria, a felicidade transborda e explode nos corações, porque a presença invisível, mas real, de Jesus preenche tudo com um sentido” 3. Essa “explosão de felicidade” é o que transforma a vida de tantas famílias ao longo desses 70 anos da Campanha da Mãe Peregrina, uma presença que “aquece e ilumina, pois trazes contigo teu filho Jesus, que é vida, caminho, verdade e luz”.

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