Universidades católicas na pós-pandemia: formar mentes iluminadas para um porvir sustentável

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Em véspera de Pacto Educativo Global, lançado pelo Papa e marcado para 15 de outubro, em modalidade virtual, a Itália celebrou neste domingo (20) o Dia da Universidade Católica. Em mensagem do secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, a necessidade gerada pela pós-pandemia de, além do ensino e da pesquisa, a missão da educação integral para formar “personalidades que, com coração sábio, mente iluminada, mãos trabalhadoras e fé sólida sejam capazes de acompanhar a humanidade rumo a um porvir sustentável e melhor”.

Andressa Collet, Alessandro De Carolis – Vatican News

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A Itália comemorou neste domingo, 20 de setembro, a edição de número 96 do Dia da Universidade Católica, às vésperas do Pacto Educativo Global, evento mundial lançado pelo Papa Francisco e marcado para ser realizado virtualmente em 15 de outubro. Neste ano, em meio à retomada pós-pandemia e a partir do tema “Aliados pelo porvir”, a comunidade universitária acredita representar uma grande contribuição para oferecer à Igreja e ao país a formação e a pesquisa como uma aliança entre as gerações.

Além de uma celebração eucarística transmitida ao vivo pela RAI, a jornada especial também contou com uma mensagem enviada pelo cardeal Pietro Parolin, por ocasião do Dia da Universidade Católica. Nas considerações do secretário de Estado do Vaticano e num período em que a pandemia mudou muitos equilíbrios, são necessárias mentes iluminadas “capazes de acompanhar a humanidade rumo a um porvir sustentável e melhor”.

Hoje, além do ensino e pesquisa, uma universidade – ainda mais se católica – tem uma “terceira missão” a cumprir que é a “educação integral” do estudante na qual valores como o colóquio, a solidariedade e a partilha sejam constitutivos da sua preparação como das competências científicas.

Atuação eficiente diante do vírus

Na carta enviada ao arcebispo de Milão, dom Mario Delpini, também presidente do Instituto de Estudos Superiores “Giuseppe Toniolo”, Parolin buscou no tema da jornada, “Aliados pelo porvir”, que a crise do coronavírus enriqueceu de “novos significados” e “responsabilidades peculiares”. Por exemplo, de forma evidente, citou o cardeal, os cuidados oferecidos pelo Policlínico Gemelli a milhares de pessoas afetadas pela Covid-19, tornando-se, assim, uma “organização de saúde eficiente” e com “rigor ético”, demonstrando a “tarefa educacional de uma universidade católica”.

Um saber a ser repensado

O secretário de Estado também afirmou que, “da economia às finanças, da jurisprudência às ciências sociais, é necessário repensar os critérios de desenvolvimento que não podem mais ser fonte de discriminação e desigualdade no acesso aos bens e à proteção, inclusive no setor da saúde”. E o cardeal Parolin prosseguiu: 

“Assim como da filosofia às línguas, das ciências da formação à psicologia, é urgente recuperar a centralidade do ser humano e redefinir as suas responsabilidades em uma sociedade em rápida mudança, onde enormes desafios relacionados ao meio ambiente, à educação, às migrações exigem análise e soluções inovadoras inspiradas no bem integral da pessoa, na justiça, na fraternidade e na convivência pacífica entre os povos.”

Formar mentes e corações proeminentes

Na mensagem, o cardeal afirmou que essas “são as perspectivas sobre as quais devemos trabalhar se realmente queremos ser ‘Aliados pelo porvir’ e dar uma virada significativa ao caminho da humanidade”. Os 100 anos da Universidade Católica do Sagrado Coração, escreveu o cardeal, representam o objetivo que era do Padre Agostino Gemelli e das origens, aquele de “formar personalidades católicas capazes de influenciar a história do país e contribuir para a missão da Igreja”. Uma exigência ainda atual, pois, observou o secretário, “por muitas razões hoje são necessárias ainda mais personalidades que, com coração sábio, mente iluminada, mãos trabalhadoras e fé sólida sejam capazes de acompanhar a humanidade rumo a um porvir sustentável e melhor”.

Ampla aliança educacional

Assim, e por muitas vezes reiterado como desejo do Papa Francisco, a importância de se “reconstruir o pacto educativo global”. O cardeal escreveu que o Pontífice “deseja, de coração, que a missão da universidade dos católicos italianos seja realizada cada vez mais em plena harmonia com esse projeto, porque “mais do que nunca” – citando a mensagem papal sobre o pacto educativo – “há necessidade de unir os esforços em uma ampla aliança educativa para formar pessoas maduros, capaz de superar fragmentações e oposições e reconstruir o tecido de relações para uma humanidade mais fraterna”.

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