O Papa impõe o pálio ao Patriarca Latino de Jerusalém

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Papa Francisco impõe o pálio ao Patriarca Latino de Jerusalém, Pierbattista Pizzaballa, na capela da lar Santa Marta. O novo Patriarca escreve uma saudação aos seus fiéis da sua diocese em Jerusalém

Vatican News

O Papa Francisco impôs o pálio ao Patriarca Latino de Jerusalém, Pierbattista Pizzaballa, na capela da lar Santa Marta, na quarta-feira, 28 de outubro, pouco antes da Audiência Geral. Com um rito simples e sóbrio, mas muito simbólico, o Pontífice recitou o Pater noster juntamente com o novo Patriarca e depois confiou sua missão, com a Ave Maria, à Mãe de Deus.

Estavam presentes o padre Flavio Pace, subsecretário da Congregação para as Igrejas Orientais, e alguns representantes do Patriarcado Latino de Jerusalém e da Ordem dos Frades Menores, à qual Pizzaballa pertence. “O pálio, que marcará, nos momentos mais solenes, meu novo ministério entre vocês – escreveu o Patriarca em sua primeira saudação aos fiéis de sua diocese – nos lembra que escolhemos no batismo assumir o jugo de Cristo, o peso e a grandeza da cruz, que é o amor dado até a morte e mais além”.

Voltar para intensificar meu compromisso

“Há quatro anos, no final de meu mandato como Custódio da Terra Santa, o Santo Padre quis nomear-me administrador apostólico do Patriarcado de Jerusalém dos Latinos”, recorda ele em sua carta aos seus fiéis. “Então”, continua, “quis interpretar essa designação, que ainda continua me surpreendendo e perturbando, à luz do verbo “voltar”: como os discípulos de Emaús, eu também me senti convidado a voltar a Jerusalém para retomar o caminho, para reencontrar a comunidade, para intensificar meu compromisso.

Ficar: fidelidade não sentimental e transitória

E quando pensei que meu mandato em Jerusalém tinha terminado – afirma – recebi um novo convite do Papa Francisco que me nomeava patriarca. E por isso, desta vez me pediram para “ficar”. É o verbo da paciência madura, da espera vigilante, da fidelidade diária e séria, não sentimental e transitória. É antes de tudo o convite do Senhor a seus apóstolos antes da Ascensão: a eles, ainda desorientados e perplexos, tentados a seguir seu próprio caminho, ou a resolver tudo e imediatamente, a quase forçar os tempos de Deus, Jesus lhes diz: “Permanecei na cidade até serdes revestidos da força do Alto” (Lucas 24, 49). E, portanto, eu também fico para caminhar entre vocês e com vocês, na fé e na esperança”.

Mudar nossos passos para se salvar

“Nos afligem – pondera o Patriarca – velhos e novos problemas: política míope, incapaz de visão e coragem, uma vida social cada vez mais fragmentada e dividida, uma economia que nos empobrece cada vez mais, e por fim esta pandemia, com a imposição de ritmos lentos e contrários à vida a que estávamos acostumados”. “Estou pensando também – acrescenta – em nossas escolas em dificuldade crescente, em nossas comunidades eclesiais às vezes tão frágeis e, afinal, nos muitos problemas dentro e fora de nós, que já conhecemos. Porém, tudo isso nos ensina dolorosamente, mas, espero, efetivamente, que os passos e ritmos do homem devem ser outros, se quiser salvar a si mesmo e ao mundo”.

(L’Osservatore Romano)

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