Fátima: Igreja tem sido “sinal de esperança” face à COVID-19

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199ª Assembleia Plenária da Conferência Episcopal Portuguesa decorre em Fátima onde tem lugar no próximo sábado uma Missa de sufrágio pelas vítimas da pandemia em Portugal.

Domingos Pinto – Lisboa

“Precisamos urgentemente de vacinas e de tratamentos eficazes, mas não somos apenas organismos doentes do coronavírus. Somos pessoas que precisam de integrar o sofrimento, os esforços e sacrifícios e a beleza dramática da solidariedade num sentido de viver e num caminho de porvir”.

O alerta foi lançado em Fátima pelo Presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) na abertura, esta quarta-feira, 11 de novembro, da Assembleia Plenária da CEP que decorre pela primeira vez em regime presencial e online, devido à pandemia.

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O bispo de Setúbal chamou a atenção para a “preocupante situação de pandemia” no país e no mundo, pedindo medidas de caráter “sanitário, social, económico, cultural e espiritual” na resposta à Covid-19.

O presidente da CEP disse que “a Igreja em Portugal procurou ser sinal de esperança” e “nunca se fechou com medo nem comodismo, mas tomou as medidas necessárias para evitar a expansão da pandemia”.

D. José Ornelas criticou depois o recente chumbo do referendo à despenalização da eutanásia em Portugal, alegando que esta decisão do Parlamento “não abona a nossa democracia, nem a promoção de uma cidadania que se quer participativa e interventiva”.

“Não são as soluções facilitadoras e ‘legalizadas’ que ajudarão a criar uma sociedade mais humana. O que é preciso é acompanhar e oferecer condições e razões para viver”, referiu.

O presidente da CEP manifestou “respeito” pelo “drama de quem sofre”, sublinhando que não é sua intenção “condenar ninguém pelas atitudes tomadas em consequência da dor, da falta de sentido, de condições e de esperança”.

O prelado lembrou ainda a última Encíclica do Papa Francisco “Fratelli Tutti”, “, que deve ser “uma referência e um indicador de caminhos concretos para evitar o curso conflituoso e destrutivo que leva a humanidade, causando miséria, ansiedade e revolta”.

Após a Assembleia Plenária, no sábado, pelas 11h00, os bispos de Portugal vão concelebrar uma Missa de sufrágio pelas vítimas da pandemia no país em que estarão presentes também o Presidente da República e o Primeiro-Ministro.

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