Caritas Portugal: a pobreza precisa de respostas concretas

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A Caritas local expressa preocupação pelos efeitos da pandemia da Covid-19. O diretor Eugénio Fonseca afirmou que “os recursos humanos e materiais para combater a pandemia começam a faltar” e a pobreza aumenta: houve aumento de 48% nos pedidos de ajuda no país. A pobreza precisa de respostas concretas, além das “medidas da política pública”.

Manoel Tavares – Vatican News

Portugal declara estado de emergência sanitária introduzindo, como última medida, o toque de recolher noturno para conter o aumento dos casos de coronavírus. Por sua vez, a Caritas local expressa preocupação pelo aumento do número de pessoas que “caíram na pobreza” durante a pandemia.

Em entrevista à agência de notícias “Ecclesia”, o diretor da organização caritativa, Eugénio Fonseca, afirmou que “os recursos humanos e materiais para combater a pandemia começam a faltar”. Enquanto isso, a pobreza aumenta de forma irrefreável. A Caritas registou um acréscimo de 48% nos pedidos de ajuda, além do preocupante “fator de exclusão” que deriva do confinamento que, muitas vezes, leva as pessoas a se isolar.

A pobreza – recorda o diretor da Caritas – precisa de respostas concretas, além das “medidas da política pública” para levar as comunidades cristãs, também em nível interparoquial, a dar mais assistência aos grupos de necessitados que se formam no âmbito da ação social e caritativa.

Por sua vez, o governo português anunciou a criação de uma comissão para coordenar e preparar uma estratégia nacional de combate à pobreza com o objetivo de “amenizar as desigualdades e garantir condições de vida digna para todos os cidadãos”. As diversas entidades portuguesas, como a Rede Europeia de Combate à Pobreza, a Caritas e a União das Misericórdias também atuam para combater o empobrecimento galopante no país.

A atual situação da pandemia no país

A esse respeito, o primeiro-ministro português, António Costa, pronunciou-se obre o estado de emergência de saúde, dizendo que, apesar do toque de recolher noturno, “é impossível manter a pandemia sob controle, sem afetar a vida das pessoas e a economia”.

Em Portugal, aumentou o número de mortes e os contágios diários triplicaram chegando a um total de 6.000 casos; as pessoas hospitalizadas são cerca de 2.500, inclusive as 400 internadas na UTI. Por isso, a Ordem dos Médicos convida a população a respeitar as medidas em vigor para “evitar a saturação do serviço nacional de saúde”.

O encontro dos bispos

A crise no campo da saúde e suas repercussões no âmbito socioeconômico estiveram, nestes dias, ao centro da Assembleia Plenária da Conferência Episcopal que terminou neste sábado (14), em Fátima, com uma concelebração Eucarística em sufrágio das vítimas da pandemia. Entre as diversas temáticas, bispos portugueses abordaram também outros assuntos, como a proteção dos menores e mais vulneráveis ​​na Igreja, o diaconato permanente e a preparação da Jornada Mundial da Juventude, que se realizará em Lisboa, em 2023.

L’Osservatore Romano

Fonte

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