O bispo de Legazpi, dom Joel Baylon, convida famílias, paróquias e bairros à solidariedade para que o país possa se reerguer, depois da passagem de dois tufões violentos que causaram morte e destruição.
Isabella Piro/Mariangela Jaguraba – Vatican News
A voz dirigida aos fiéis das Filipinas por dom Joel Baylon, bispo de Legazpi, onde em cerca de quinze dias passaram dois violentos tufões, causando morte e destruição, soa como um forte encorajamento.
“Não desistam”, disse o prelado neste domingo (15/11). “Enfrentem a situação com uma nova esperança e com a vontade seguro de ressurgir das ruínas para reconstruí-las, agarrando-se à fé”.
Relembrando as muitas calamidades naturais às quais a população filipina sobreviveu ao longo do tempo, erupções vulcânicas, inundações, deslizamentos de terra e outros tufões, o bispo reiterou que os cristãos “são chamados a fazer o que sempre fizeram: cheios de fé e confiança em Deus que não os abandona, reconstroem e vão em frente”. O bispo exorta à solidariedade e à colaboração recíproca a fim de recomeçar todos “de mãos dadas”. “Façamos com que as nossas cidades, povoados, periferias, paróquias, bairros e especialmente nossas famílias, voltem a ser comunidades que cuidam e partilham, comunidades de confiança recíproca e de fé viva”.
A voz do Papa a milhões de pobres e deslocados
Na mesma hora do apelo do prelado, o Papa Francisco no Angelus do último domingo também deu a conhecer ao mundo a realidade da destruição que está afetando as Filipinas, convidando todos a rezar pelas vítimas, especialmente os mais pobres. Flageladas pela passagem dos tufões Goni e Vamco, que causaram mais de 60 mortos e um milhão de desabrigados, as Filipinas têm a maioria da população ainda sem eletricidade, sobretudo em Manila e nas províncias periféricas. Entretanto, a máquina de solidariedade foi acionada e as ajudas básicas já chegaram às áreas mais afetadas, graças à Caritas nacional e local.
No Angelus deste domingo, o Papa Francisco recordou o país asiático: “Estou próximo com a oração ao povo das Filipinas que sofre com as destruições e, especialmente, com as inundações causadas por um forte tufão. Manifesto a minha solidariedade às famílias mais pobres e expostas a esses desastres, e o meu apoio àqueles que estão trabalhando para ajudá-las.”