Verdade ou mentira: a quem você tem servido?

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Ei! Tudo bem com você?
Não é novidade para nenhum de nós que a mentira é danosa à vida, mas nos últimos tempos a prática da mentira tem se tornado estratégia de conquista e manutenção de aprovação, notadamente no campo da política. Há personagens políticos que estruturam a sua base de apoio a partir de mentiras: inventam as coisas; imaginam coisas sem nenhuma conexão com a realidade; fazem acusações sem qualquer prova. São inescrupulosos; fazem da mentira o jeito de ser.
Algumas situações, de tão absurdas, são ridículas; há afirmações que demonstram completa falta de noção da realidade; que revelam ignorância e exaltam a barbárie; há ‘teses’ totalmente não científicas que ganham mais valor que a ciência; há falas que denotam perversidade, irresponsabilidade e/ou insensatez; há outras que implicam delírios típicos de quem não está no uso das faculdades mentais, ditas normais; Há, na bem da verdade, muita irracionalidade; muita pequenez (estar bem abaixo da mediocridade!); muita estupidez.
Você talvez esteja pensando: de fato, há líderes políticos mentindo deslavadamente, mas não há nada que possamos fazer, afinal, estas pessoas agem por elas mesmas, não é nossa culpa a pratica nociva das mentiras que praticam!
Convido você para refletir sobre isto com base em um antigo ditado popular: “quando um não quer, dois não brigam”. É isto mesmo! Os discursos mentirosos se tornam importantes e provocam tantos estragos porque há pessoas dispostas a acreditar neles. É preciso que nos perguntemos se estamos ou não fazendo parte do exército de pessoas que trata a mentira como verdade; que aceita sem crítica o que estas pessoas irresponsáveis estão fazendo!
A partir do momento que deixamos de dar ouvido a quem não merece confiança por não ter qualquer compromisso com a busca da verdade, a mentira do mentiroso deixa de ter sentido, cai na terra e morre sem produzir frutos, mas, outrossim, se damos créditos à loucura do louco ou à imbecilidade do imbecil, estamos regando a semente diabólica fadada a produzir frutos ruins: desunião, estresse, sofrimento, aumento do desemprego, aumento de mortes por pandemia, enfraquecimento da democracia etc.
Por mais que não seja simpático dizer isto, não é possível nos furtarmos: Somos coautores da mentira e de suas maléficas consequências sempre que temos motivos para desconfiar de um mentiroso irresponsável e não o fazemos; sempre que tomamos como verdadeiro e válido as falas de alguém que já deu sinais de que não merece crédito; sempre que fechamos os olhos para não ver que estamos sendo infantilizados e manipulados. Cada um de nós responde (tendo ou não consciência disto!) por sua parcela de culpa que se transforma em sangue e escorre das mãos de quem faz da mentira e da invencionice sua estratégia de vida pública.
Por fim, não se trata de nos julgarmos melhores que as pessoas e muito menos de não considerarmos que todos merecem respeito; não se trata de fechar as portas para dar uma segunda chance para quem errou e quer consertar. Trata-se de superar a ingenuidade e agir como pessoa de bem; trata-se de superar a preguiça e ir atrás de informações confiáveis; trata-se de perceber que temos o direito de não sermos tratados como rebanho; trata-se de não permitir que sejamos usados para fins contrários aos valores que defendemos.
Quem valoriza a verdade precisa ficar atento e parar de servir a quem se faz na mentira!

Por José Luciano Gabriel – Diácono Permanente da Diocese de Gov. Valadares/MG, Professor, Advogado. Blog: jlgabriel.blogspot.com.br | e-mail: [email protected]

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