“Manos Unidas”, projeto para enfrentar emergências alimentar e sanitária no Malaui

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Nesta emergência de saúde, a situação do Malaui é realmente preocupante, devido à alta densidade populacional, uma das mais altas da África, debilidade de seu sistema de saúde, dois médicos por cem mil habitantes, e a uma população migrante proveniente da África do Sul, um dos países mais afetados pela Covid-19 no continente.

Vatican News

Manos Unidas, organização não governamental espanhola da Igreja católica de ajuda e promoção dos países em desenvolvimento, denuncia, em seu site, a grave situação que o Malaui está enfrentando neste tempo de pandemia de coronavírus. Um pequeno país, situado no sudeste do continente africano, sujeito, devido à sua posição geográfica, a graves desastres naturais, secas, chuvas torrenciais e ciclones, e afetado por pandemias, como HIV/AIDS, e ciclicamente, pelo flagelo da fome.

A sua economia é baseada na agricultura propensa ao tempo, se chove, tem alimento, se não chove, não tem alimento, e na troca de produtos. Por isso, quando o coronavírus chegou ao continente e o governo decretou o confinamento, num país onde é “normal” ter fome, comer apenas uma vez por dia e comer apenas nshima, um mingau feito de farinha de milho, um juiz decidiu revogá-lo, afirmando que “era melhor morrer de coronavírus do que de fome”.

Nesta emergência de saúde, a situação do país é realmente preocupante, devido à alta densidade populacional, uma das mais altas da África, debilidade de seu sistema de saúde, dois médicos por cem mil habitantes, e a uma população migrante proveniente da África do Sul, um dos países mais afetados pela Covid-19 no continente.

O bispo irlandês, à frente da diocese de Mzuzu, dom John Alphonsus Ryan S.P.S., comprometeu-se a apoiar a população coordenando atividades nos campos da educação, saúde, segurança alimentar e acesso à água, neste momento de profunda crise, pedindo ajuda a Manos Unidas.  A organização católica espanhola decidiu financiar um projeto em dois distritos – Mzimba e Nkhotakhota – selecionados com base em seu nível de vulnerabilidade.

Graças a este projeto, que visa fortalecer a resistência da população camponesa diante da precária economia sazonal e da emergência de saúde causada pela pandemia, foram assegurados aquíferos e construídos sistemas de irrigação, tanto aspersores quanto canalizados, em ambas as áreas. Foram entregues sementes a quase mil agricultores que participaram de uma oficina de formação sobre agricultura, nutrição, administração, comercialização e criação de grupos de poupança. Por fim, foram instituídos pequenos empréstimos para melhorar a situação da população carente.

Vatican News Service – AP/MJ

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