Pequenino e imenso – Natal com São José de Anchieta

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Pequenino e Imenso, assim é o Natal do Senhor. Assim também pode ser o nosso Natal, pequenino e imenso, de forma particular neste ano em que o mundo faz experiência de privações e incertezas.

Anchieta

Aproximar-se da devoção a São José de Anchieta significa aproximar-se da contemplação do mistério do amor de Deus que se manifestou à humanidade inteira. Uma espiritualidade que nos conduz à uma abertura do coração e ao mesmo tempo exige de nós uma abertura à beleza e à aventura de crer. Aproximar-se da devoção a São José de Anchieta significa aproximar-se dos seus versos.

Temos a graça – e também o privilégio – de achar em seus escritos uma chave de leitura que nos aproxima, com beleza e intensidade, do mistério da encarnação do Verbo de Deus, conforme o seu próprio coração.

Como na confidência de um amigo que nos acalma, na condução de um pai amoroso que nos cerca e na proximidade de um missionário que nos transmite aquele ardor apostólico, podemos trilhar, pelos passos e versos de São José de Anchieta, um caminho seguro.

O Natal do Senhor
 

O trecho a seguir foi extraído do Poema da Virgem Maria, escrito quando o Apóstolo e Padroeiro do Brasil era refém em busca de um acordo de paz. Sua vida corria risco, sofria por amor ao outro, estava privado de companhia e até mesmo da Eucaristia. A esperança o acompanhava. Sabia que não estava só. Contemplando a beleza da vida de Maria, deixou para nós, em verso, esse caminho de encontro com o recém nascido nesta Noite Santa do Natal do Senhor.

Pequenino e Imenso, assim é o Natal do Senhor. Seja este trecho do poema, legado de São José de Anchieta para nós, contemplação, beleza e oração. 

Pequenino e Imenso
 

Ó bonito menino! De teus lábios

transborda a graça,

de teu semblante, a suma formosura.

Tu trazes, no rosto, a grandeza do esplendor paterno,

e, ao teu manso brilho,

sorri a Terra jubilosamente.

(…)

Pequena criança, tu te encerras

num seio de Mãe:

esta morada te proporciona um leito digno.

Ó formosura sem par no universo!

Contempla, ó menino!

O rosto querido de tua Mãe!

(…)

Permite-me um abraço,

quero que sejas meu eterno amor:

que meu coração te ame eternamente.

Com tua Mãe que te atraiu do Céu à Terra,

sê a paz de Minh’alma, a vida e parte do meu ser.

(…)

Eternamente de Jesus eu seja,

eternamente seja meu, Jesus.

(Poema da Virgem Maria | Canto III | vv. 3010-3040)

 

 

Com Santuário Nacional São José de Anchieta

 

Fonte

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