CMI: trabalhar juntos para combater a violência contra as mulheres

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Concluiu-se a 7ª Edição do Simpósio Anual sobre o papel da religião e das organizações baseadas na fé e sobre assuntos internacionais. As Igrejas organizadoras sublinharam seu compromisso de estarem unidas na luta contra as desigualdades de gênero e na promoção da proteção das mulheres, que tem faltado em tempos de pandemia.

Tiziana Campisi/Mariangela Jaguraba – Vatican News

Acelerar a igualdade de gênero, igualdade e justiça: é o que propõem os participantes da 7ª Edição do Simpósio Anual sobre o papel da religião e das organizações baseadas na fé e sobre assuntos internacionais, realizado on-line na última terça-feira (26/01). A reunião foi organizada pelo Conselho Mundial de Igrejas (CMI), pelo Conselho Geral Igreja e Sociedade da Igreja Metodista Unida, pela Ajuda Islâmica, ACT Alliance, Igreja Adventista do Sétimo Dia, Soka Gakkai Internacional, Iniciativa das Religiões Unidas, ONU Mulheres e o Fundo das Nações Unidas para a População.

Trabalhamos para construir relações comunitárias

Durante os trabalhos, o diretor da Comissão das Igrejas para Assuntos Internacionais do CMI, Peter Prove, relatou que a pandemia da Covid-19 resultou no adiamento de eventos sobre igualdade de gênero, na interrupção de processos-chave para promover a justiça de gênero e no aumento de casos de violência sexual e outras formas de injustiças, e que a ocasião do simpósio foi um compromisso de trabalhar juntos para combatê-los.

“Precisamos uns dos outros durante estes anos que virão, pois há muitos órfãos, muitas viúvas, muitas famílias destruídas”, disse a diretora executiva da ONU Mulheres, Phumzile Mlambo-Ngcuka. Os relatores concordaram que precisamos continuar trabalhando para construir relações entre as comunidades de fé e as organizações civis. “Precisamos redirecionar as energias religiosas negativas para energias religiosas positivas”, exortou o fundador da Rede de Iniciativas Juvenil Africana, Victor Ochen. “Nas circunstâncias atuais, precisamos criar uma coalizão que pense da mesma maneira”, frisou.

Pandemia: muitas conquistas prejudicadas

O secretário-geral da ACT Alliance, Rudelmar Bueno de Faria, falou sobre a má interpretação dos textos sagrados, que combinados com práticas culturais e tradicionais nocivas, prejudicam a essência da igualdade de gênero. “É relevante trabalhar com líderes religiosos e responsáveis a fim de promover uma abordagem de fé transformadora que reconfigura as estruturas e organizações para favorecer a justiça de gênero”, destacou.

Para o secretário-geral da Associação Internacional para a Liberdade religiosa, Ganoune Diop, é relevante abordar a desigualdade de gênero em todos os níveis e que são principalmente as mulheres que sofrem isso, por exemplo, no local de trabalho.

O vice-diretor executivo do Fundo das Nações Unidas para a População (UNFPA), Ib Petersen, disse que o impacto da pandemia nas mulheres e meninas foi imenso, tanto que prejudicou décadas de conquistas duramente alcançadas na igualdade de gênero. Ib Petersen também enfatizou a importância de apoiar a acessibilidade aos serviços de saúde sexual e reprodutiva e reduzir o risco de violência de gênero, enfrentando as causas profundas de muitos comportamentos discriminatórios e violentos. Um papel fundamental nesse sentido foi reconhecido para as organizações baseadas na fé e aos líderes religiosos.

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