“Há muitas orações e aniversários incluídos no Missal Latino que ainda não foram acrescentadas ao árabe”, destaca o padre Halaweh. Quanto ao livro da Liturgia das Horas em árabe, era um volume de orações composto por um único capítulo dividido em duas seções, uma dedicada aos salmos e outra às leituras. A nova tradução, por sua vez, está dividida em quatro partes e está de acordo com os tempos litúrgicos.
Vatican News
O Patriarcado Latino de Jerusalém deu início à atualização dos Livros Litúrgicos Latinos em árabe. Serão revisados o Missal Romano, a Liturgia das Horas e os Evangelhos.
O Escritório litúrgico Diocesano iniciou o projeto com a colaboração do Ir. Bahjat Qarqash, franciscano de Damasco. Os textos dos Evangelhos, informa o portal do Patriarcado, serão escritos à mão em uma espécie de papel que resistirá ao passar do tempo, em uma escrita semelhante à do primeiro século d.C., época em que nasceu a Igreja.
Os ícones refletirão influências quer orientais como ocidentais. O padre Aziz Halaweh, diretor do Escritório Litúrgico do Patriarcado Latino de Jerusalém, explica que o Missal não foi reimpresso e atualizado desde 1970 e que as atualizações feitas estão de acordo com a nova edição do Missal Romano.
“Há muitas orações e aniversários incluídos no Missal Latino que ainda não foram acrescentados ao árabe”, destaca o Padre Halaweh entrevistado pelo Christian Media Center. Quanto ao livro da Liturgia das Horas em árabe, era um volume de orações composto por um único capítulo dividido em duas seções, uma dedicada aos salmos e outra às leituras. A nova tradução, por sua vez, está dividida em quatro partes e está de acordo com os tempos litúrgicos.
“O Evangeliário em árabe, por outro lado, é uma novidade: para nós é um livro novo – sublinha o padre Halaweh -. Antes tínhamos apenas o Lecionário, que contém a Primeira Leitura, a Segunda, o Salmo e um trecho do Evangelho. Agora separamos os Evangelhos e os colocamos em um único livro para levá-lo em procissão durante a Missa”.
O texto de referência é uma Bíblia em latim, com imagens em estilo bizantino e armênio, da época dos Cruzados e da Rainha Melisenda, escrita na Basílica do Santo Sepulcro, explica por sua vez irmã Maria Ruiz, das Irmãs Eremitas de Belém, responsável pelos ícones dos Evangelhos.
“As molduras em torno do texto do Evangelho foram coloridas de acordo com o autor – continua irmã Maria – vermelho para simbolizar o evangelista Marcos, verde para Lucas, azul para Mateus e dourado para João”.
Para o estilo, foram escolhidos como referência os afrescos da Igreja de Abu Gosh, às portas de Jerusalém, também da época dos Cruzados. Nos próximos meses, primeiro será impresso o Missal, depois o Livro da Liturgia das Horas e por fim o Evangeliário.
Vatican News Service – TC