Em 2018, a Aliança da Família Vicentina organizou a primeira Conferência da qual nasceu a Campanha “13 Casas”. O objetivo era mudar a vida de 10 mil moradores de rua em 5 anos.
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Os desabrigados, os muitos “invisíveis” sem uma moradia fixa, estão entre as pessoas mais vulneráveis e expostas ao contágio do coronavírus. A eles é dedicada a Campanha “13 Casas”, um projeto lançado em 2018 pela Aliança da Família Vicentina com os Sem-teto (FHA), instituída em 2017 por ocasião do quarto centenário do carisma do fundador, São Vicente de Paulo. O objetivo da campanha é apoiar os programas vicentinos a favor dos sem-teto, consolidados e emergentes em todo o mundo, e apoiar a mudança sistêmica global para por fim à falta de moradia, em todas as suas formas. Para isso, a Aliança da Família Vicentina com os Sem-teto procurou oferecer um quadro de colaboração e intercâmbio entre os vários ramos da Família Vicentina.
Em 2018, a Aliança da Família Vicentina organizou a primeira Conferência da qual nasceu a Campanha “13 Casas”. O objetivo era mudar a vida de 10 mil moradores de rua em 5 anos. Mas dois anos foram suficientes para a Campanha alcançar a metade de sua meta, por meio de 54 projetos de cooperação em 40 países. Até o momento, mais de 5 mil sem-teto mudaram de vida graças à colaboração vicentina, segundo o Relatório de Impacto, que cobre os primeiros três anos desta iniciativa global.
O Relatório contém os testemunhos de cinco ex-sem-teto de diferentes países: Véronique refugiada burundinesa em Ruanda; Antônio Manuel, no Brasil; Rolando nas Filipinas; Flore, que da Costa do Marfim foi para a Espanha, Ihor na Ucrânia. Cinco histórias de sucesso que testemunham o compromisso concreto dos diferentes ramos da família vicentina para mudar a vida de milhares de sem-teto que povoam as cidades do mundo, muitas vezes na indiferença da sociedade.
Mas a obra dos vicentinos não para por aí. Além da campanha “13 Casas”, o Relatório de Impacto também destaca suas conferências e o sucesso do compromisso de advocacia vicentino, que em 2020 levou à primeira resolução da ONU que eleva a redução do número de sem-teto a uma meta mensurável no Quadro dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável fixados para 2030.
Como parte de sua atividade contínua de sensibilização, os membros da Aliança da Família Vicentina também contribuíram para o livro “O Ensinamento Social Católico e a falta de uma lar”, em colaboração com a Santa Sé. A Aliança da Família Vicentina também respondeu aos eventos recentes, lançando apelos de emergência para apoiar a resposta vicentina à Covid-19 e para apoiar as vítimas da explosão que devastou Beirute em 4 de agosto passado, deixando 300 mil pessoas desabrigadas. Dois apelos de arrecadação de fundos apoiaram os esforços de emergência administrados por diferentes grupos vicentinos presentes em mais de 15 países.
Nos últimos três anos, sublinha no relatório o coordenador Mark McGreevy, “a Aliança da Família Vicentina testemunhou a vibração global dos vicentinos comprometidos em todas as frentes para resolver o problema da falta de moradia, com o apoio de seus 14 ‘embaixadores’ especialmente treinados de diferentes partes da Família Vicentina em todo o mundo”. Um compromisso que McGreevy enfatiza que continuará nos próximos anos. Uma segunda conferência sobre refugiados e deslocados, prevista para 2020, foi remarcada para 2021 devido à atual crise sanitária. Uma terceira conferência, sobre as pessoas que moram em favelas, também está agendada para breve.
Vatican News Service – LZ/MJ