Sobre esperança e medo

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Olá! Espero que tudo esteja bem com você.
Neste texto quero refletir com você sobre duas palavras: esperança e medo! Inúmeras vezes, as atitudes e os sentimentos que elas representam andam juntos e até se misturam, mas é preciso separá-los para que cada qual ocupe em nossa vida o devido lugar.
O ano de 2020 foi atípico para toda humanidade. Um ano desafiador e até mesmo aterrorizante. A pandemia de COVID-19 ceifou muitas vidas; muitos foram os sofrimentos e angústias experimentados por praticamente todos nós; afinal, com maior ou menor intensidade todos fomos alcançados pelos impactos da pandemia: ninguém passou indiferente ou completamente ileso à presença assustadora do Novo Corona Vírus.
O medo teve – e talvez continue tendo! – terreno fértil para florescer. Animado por um sistema de propagação tão eficaz quanto o do vírus, o medo alastra e contamina mais pessoas que a COVID, afinal, as máscaras e o isolamento social, que freiam o Corona Vírus, aceleram a difusão do medo, pois limitam nossa possibilidade de compartilhar a presença, a proximidade física e o afeto, bem como o sorriso e a expressão fisionômica que nos permitem apoiar uns aos outros sem a necessidade de palavras!
O medo é, neste caso, cruel e sorrateiro porque enfraquece a resistência e potencializa o sentimento de derrota; o medo vai debilitando a alma, fragilizando a autoestima, escurecendo o espírito, minando a capacidade de lutar e, enfim, colocando em xeque-mate a esperança.
Mas, como diz o sábio ditado popular, a esperança é a última que morre! Na verdade, a esperança não pode morrer; contudo, ela conta com cada pessoa para permanecer viva e vivificante, aliás, ela, a esperança, em troca de permanecer viva, torna viva a pessoa que a cultiva. O convite para esta virada de ano – 2020/2021 – é este: manter viva a esperança que nos mantém vivos!
A esperança consegue colocar o medo em seu devido lugar. A esperança não é negacionista, ou seja, não ignora a existência do medo, tão pouco lhe nega o papel que tem, mas recusa-se a permitir que o medo tenha a última palavra; portanto, nas mentes e nos corações que cultivam a esperança o medo é comedido e equilibradamente domesticado.
Com a esperança viva e operante, a alma se robustece e a autoestima se fortalece, o espírito fica iluminado e a força para lutar cresce a cada batalha enfrentada. O amor, por si próprio e pelos outros, reveste-se de sentido; a certeza de que dias melhores virão faz com que o colorido da vida tenha mais beleza e força que o cinzento do medo.
Mas como fazer com que a esperança supere o medo? De forma prática, o que é possível fazer para que nossa reflexão acerca da importância da esperança não seja apenas uma teoria?
Duas coisas são bastante interessantes, entre outras: 1) cultivar pensamentos e sentimentos positivos: apegar-se à fé; ver o lado positivo das coisas; acreditar que ainda há muito para viver; lembrar sempre dos sonhos a serem realizados e dos momentos bons vividos; ser otimista! 2) jamais esquecer da transitoriedade da vida: este momento vai passar, assim como outros momentos anteriores passaram… no horizonte de nossa história individual e coletiva tudo é transitório, passageiro, portanto, este momento passará… está passando!
O que você pode fazer para alimentar a esperança? O que pode fazer para manter acesa a chama que ainda fumega? Escolha a esperança e não o medo!

Por José Luciano Gabriel – Diácono Permanente da Diocese de Gov. Valadares/MG, Professor, Advogado. Blog: jlgabriel.blogspot.com.br | e-mail: [email protected]

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