Em função da pandemia o Vaticano muda o Rito de Imposição das Cinzas no início da Quaresma

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Estimados ministros ordenados e ministros leigos,

Saudação em Cristo!

A situação de saúde causada pela pandemia do coronavírus continua exigindo uma série de atenções que também se refletem em âmbito litúrgico. Tendo em vista o início da Quaresma deste ano, na Quarta-feira de Cinzas, dia 17 de fevereiro, a Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos publicou em seu site as disposições a serem seguidas pelos celebrantes no rito de imposição das Cinzas.

Feita a oração de bênção das cinzas e depois de aspergi-las com água benta sem dizer nada, o sacerdote, voltado para os presentes, diz uma única vez a todos a fórmula que se encontra no Missal Romano: “Convertei-vos e acreditai no Evangelho”, ou “Lembra-te que és pó da terra e à terra voltarás”.

Depois, o sacerdote lava as mãos, coloca a máscara protegendo o nariz e aboca, e impõe as cinzas a todos os que se aproximam dele, ou, se for mais conveniente, aproxima-se ele do lugar daqueles que estão de pé. O sacerdote pega nas cinzas e deixa-as cair sobre a cabeça de cada um, sem dizer nada.

Nesta ocasião quero recordar a todos que qualquer ministro leigo pode ser encarregado de impor as Cinzas, mas não pode abençoá-las. E por que não? O Catecismo da Igreja Católica nos responde: “Todo batizado é chamado a abençoar, eis por que os leigos podem presidir certas bênçãos. Todavia, quanto mais uma bênção se referir à vida eclesial e sacramental, tanto mais sua presidência será reservada ao ministério ordenado” (CIC 1.669). Pois bem, a imposição das cinzas faz referência ao Sacramento da Penitência, nos convidando à conversão, portanto, para tornar-se um sinal sacramental, as cinzas precisam ser, antes, abençoadas por um ministro ordenado (bispo, padre ou diácono).

Governador Valadares, 13 de fevereiro de 2021.

Dom Antônio Carlos Félix – Bispo Diocesano

Fonte

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