As palavras do Presidente da Zâmbia, Hakainde Hichilema, na cimeira das Nações Unidas sobre a segurança alimentar, foram aplaudidas pela Cáritas nacional que, num comunicado, afirma apreciar os empenhos partilhados pelo Presidente, sobretudo por ter destacado a necessidade de tecnologias apropriadas, a pesquisa agrícola para melhorar a produtividade e a qualidade dos alimentos.
Cidade do Vaticano
Inovação agrícola e segurança alimentar: foram os pontos focais do discurso do Presidente Hichilema na cimeira da ONU, realizada em modo virtual a partir de Nova Iorque a 23 de setembro. Em particular, o Chefe de Estado zambiano ressaltou a necessidade da inovação e a melhoria dos serviços agrícolas, os investimentos na investigação, a regeneração do solo, a proteção da biodiversidade, a gestão das florestas e a implementação do plantio das árvores.
Além disso, a Caritas expressou a sua apreciação pelo facto que “o governo reconhece a necessidade de uma cadeia agrícola robusta e sustentável para uma produção de alimentos de qualidade”. Desta forma, o organismo espera que “nenhum agricultor, sobretudo aqueles em pequena escala, seja deixado para trás na conquista da soberania alimentar na Zâmbia”. Daí a esperança da Caritas na “conservação dos ecossistemas e na genuína participação humana, para que a experiência e sabedoria dos agricultores rurais do País possam contribuir nas decisões e programas nacionais para melhorar a agricultura”.
Ao mesmo tempo, porém, a fim de reforçar os empenhos assumidos pelo Chefe de Estado, a Caritas destaca três desafios que o governo nacional deve enfrentar: esclarecer as práticas de uma agricultura sustentável; lançar luz sobre a produção, a promoção e a manutenção das sementes locais; empenhar-se na justiça ecológica e social. Recorde-se que já em agosto, por ocasião da tomada de posse oficial, a Cáritas havia exortado o Chefe de Estado a “avançar urgente e progressivamente rumo à agroecologia, a um sistema alimentar sustentável e a adaptação à mudança climática”.
“Abraçar a agroecologia – acrescenta, pois, aquele organismo de caridade – ajudará o País a passar da cara e prejudicial agricultura industrial, com uso intensivo de produtos químicos, para a agricultura biológica ecologicamente intensiva, e com significativos benefícios para os pequenos agricultores”. A agroecologia, conclui o comunicado da Caritas, “é económica e os produtos cultivados com fertilizantes orgânicos são bem superiores em conteúdo nutricional em comparação com os produtos cultivados com o uso de fertilizantes químicos.”