Eucaristia: O Mistério da Fé – Parte 1

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“O Senhor Jesus, na noite em que foi entregue” (1Cor 11,23), instituiu o Sacrifício Eucarístico do seu corpo e sangue. É o sacrifício da cruz que se perpetua através dos séculos (cf. SC 47).

A Igreja recebeu a Eucaristia de Cristo seu Senhor, não como um dom, embora precioso, entre muitos outros, mas como o dom por excelência, porque dom d’Ele mesmo, da sua Pessoa na humanidade sagrada, e também da sua obra de salvação.

Quando a Igreja celebra a Eucaristia, memorial da morte e ressurreição do seu Senhor, este acontecimento central de salvação torna-se realmente presente e “realiza também a obra da nossa redenção” (LG 3). É esta verdade que desejo recordar mais uma vez, colocando-me em adoração diante deste mistério: mistério grande, mistério de misericórdia. Que mais poderia Jesus ter feito por nós? Verdadeiramente, na Eucaristia demonstra-nos um amor levado até o extremo (Jo 13,1), um amor sem medida.

Este aspecto de caridade universal do sacramento eucarístico está fundado nas próprias palavras do Salvador. Ao instituí-lo, não se limitou a dizer “isto é meu corpo”, “isto é meu sangue”, mas acrescenta: “entregue por vós”, “derramado por vós” (Lc 22,19-20). Jesus não se limitou a afirmar que o que lhes dava a comer e a beber é o seu corpo e o seu sangue, mas exprimiu também o seu valor sacrificial, tornando sacramentalmente presente o seu sacrifício que horas depois realizaria na cruz pela salvação de todos. “A Missa é, ao mesmo tempo e inseparavelmente, o memorial sacrificial em que se perpetua o sacrifício da cruz e o banquete sagrado da comunhão do corpo e do sangue do Senhor” (CIC 1382).

“O sacrifício de Cristo e o sacrifício da Eucaristia são um único sacrifício” (CIC 1367). Já o afirmava em palavras expressivas São João Crisóstomo: “nós oferecemos sempre o mesmo Cordeiro, e não um hoje e amanhã outro, mas sempre o mesmo. Por esse motivo, o sacrifício é sempre um só. Também agora estamos a oferecer a mesma vítima que então foi oferecida e que jamais se exaurirá”.

Por Dom Félix – Bispo da Diocese de Governador Valadares

 

Fonte: Artigo “A Amizade com Jesus na Palavra e na Eucaristia” (4ª Parte).

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