A Igreja em Moçambique, na pessoa do porta-voz da Conferência Episcopal, o Bispo de Chimoio D. João Carlos Hatoa Nunes, pede apoios para quase 4.000 pessoas na Província do Niassa, que fogem dos ataques de insurgentes, naquela região do norte do País.
Hermínio José – Maputo, Moçambique
Recentemente homens armados desencadearam ataques, mataram, queimaram casas e sequestraram residentes em várias localidades do distrito de Mecula, na Província do Niassa.
Em face desses ataques terroristas, mais de mil famílias foram forçadas a abandonar os seus lares e a procurar abrigo em locais sem qualquer segurança, impedidas de ganharem o seu sustento. Agora, pretende-se que sejam reassentadas na localidade de Macassangir, no distrito de Chimbonila.
No total, quase 4.000 pessoas, entre crianças, jovens e adultos, fugiram de Naulala um e Naulala dois, Macalange, Licengue e Temene. Estão atualmente acampadas na sede do distrito de Mecula.
Governo pede ajuda da população
Segundo o Secretário de Estado da Província de Niassa, Dinis Vilanculo, a ajuda de todos é necessária. “Apelo à população de Niassa e aos nossos parceiros de cooperação para continuarmos com o movimento de solidariedade”, afirmou.
Bispos chocados com os ataques
Entretanto, o porta-voz da Conferência Episcopal de Moçambique (CEM), Dom João Carlos, afirma ser com muita tristeza que os Bispos recebem as notícias do clima de terror que se alastrou para a Província do Niassa, depois da onda de insurreição na vizinha Província de Cabo delgado.
O prelado diz que os Bispos manifestam a sua sensibilidade e proximidade para com as vítimas dos ataques terroristas no norte de Moçambique.
De referir que os ataques terroristas eclodiram em Cabo Delgado, em finais de 2017 e desde o ano passado tendem a se alastrar para outras Províncias do norte do País, a exemplo do Niasssa, onde já há registo de mortes e destruição severa.