Não confunda política com politicagem

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Política é a ciência e a arte de governar. Fazer política é participar da organização e da administração da vida comunitária.

Política é “o uso legítimo do poder para alcançar o bem comum da sociedade” (João Paulo II); ela “define os meios e a ética das relações sociais” (Puebla); é “uma forma sublime de exercer a caridade” (CNBB); “é uma das mais altas expressões do amor” (Pio XI).

A política não é a busca do “poder pelo poder” e das regalias que ele pode trazer; não é usar e abusar do povo para se enriquecer; não é um meio legal de legitimar o autoritarismo; não é um jeito fácil de meter a mão no bolso do povo para abarrotar o próprio bolso.

Todos fazem política. Ninguém vive sem participar do que acontece no dia-a-dia. Fazemos política, inclusive, quando “cruzamos os braços” e “ficamos de fora”. Quem se omite consente com a situação, aceitando-a como ela é. A política é necessária e não é “coisa suja”; sem ela, não teríamos como viver em sociedade. “Sujos” somos nós quando fazemos da política um “jeito” de roubar, explorar, oprimir, rebaixar e empobrecer o povo.

Não devemos confundir política com politicagem. Política é fazer do poder um instrumento para alcançar o bem comum. Politicagem é usar o poder apenas em benefício próprio.

Somos todos seres políticos por natureza. Quando trabalhamos pelo bem comum, fazemos política; mas quando só pensamos em nosso próprio bem fazemos politicagem.

(3ª Parte do Artigo de Dom Félix sobre Igreja e Política)

 

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