felicidade Inefável. Espiritualidade sinodal

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A sintonia teologia da debilidade e da fragilidade nos remete imediatamente ao que somos. Carregar a cruz debilmente é aceitar plenamente que quem dirige nossas vidas é o Senhor.

Padre José Rafael Solano Durán – Arquidiocese de Londrina (PR)

Quero aproveitar a grandeza espiritual de alguns grandes doutores e doutoras da igreja, para juntos realizarmos nosso caminho sinodal guiados da sua experiência. Para esta primeira meditação gostaria de oferecer um ponto central da espiritualidade de Terezinha do Menino Jesus. Fazendo honra aos seus 150 de nascimento. 

Santa Teresinha do Menino Jesus tinha o costume de dizer: “Sintamos a felicidade inefável de carregar nossa cruz debilmente”. 

A sintonia teologia da debilidade e da fragilidade nos remete imediatamente ao que somos. Carregar a cruz debilmente é aceitar plenamente que quem dirige nossas vidas é o Senhor. Não existe força espiritual para quem não se reconhece suficientemente pequeno. Desde sempre ouvimos as Palavras de Jesus: “Quem não se faz pequeno não entrará no Reino dos céus”. A debilidade dos pequenos não é falta de forças e simplesmente reconhecimento atual é real de que dependemos de Deus totalmente. 

Falamos muito nas nossas debilidades, mas quase nunca na felicidade que elas nos produzem. Carregar a cruz nos deve produzir uma felicidade inefável. felicidade que brota de um coração sensato de um coração disponível de um coração limitado. 

Sabemos que a doutrora da Igreja Santa Terezinha podemos ajudar na nossa vida espiritual vivendo está felicidade. No início do seu caminho Terezinha pensava que a santidade se conquistava de forma violenta e agressiva. Aos poucos foi encontrando o caminho da felicidade inefável que com o passar do tempo mostrou-lhe a grandeza de uma experiência que ela mesma chamará de “mãos vazias”. Estar de mãos vazias em tempos como os que vivemos pareceria uma algo catastrófico mas só quem vive a sua espiritualidade de mãos vazias sabe que está dependência do amor de Deus gera uma verdadeira felicidade. 

Em tempos sinodais como os que vivemos torna-se quase que uma primeira atitude reconhecer alegremente o significado desta carregar alegremente as nossas debilidades. O sínodo nos coloca a todos e a todas diante de uma realidade áspera, por vezes traumática. Penso que muito mais do que números que apresentam o nosso fracaso ou o nosso sucesso o sínodo deve-nos expor com grande gozo o que significa viver na liberdade do que O Espírito vem realizando. 

Percebi neste último encontro sobre a sinodalidade coordenado para um grupo de religiosas no qual abordamos o tema da promesa do seu significado e da sua atualidade como sem pensar mesmo há entre nós um ambiente de “tristeza” e “desânimo”. O sínodo não é um render contas para o patrão é as vezes reconhecer que nas mãos vazias também está a expressão de Pedro quando Jesus lhe propõe a ele e aos seus companheiros uma

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felicidade inefável das nossas debilidades não só porque temos pontos fracos se não também porque enxergamos um ambiente hostil e mesmo ali teremos só a oportunidade de manifestar quão felizes somos. 

Para vivermos em sintonia com a proposta do Sínodo a felicidade deve ocupar um lugar privilegiado no caminho e no jeito de caminhar. Vale a pena lembrar as palavras do Papa Francisco quando em 2021 falava para um grupo de monjas de clausura sobre a sua proximidade com Santa Terezinha. “Santa Teresinha é “uma amiga fiel, por isso, não quis falar-lhes de teorias, quis falar-lhes da minha experiência com uma santa e dizer-lhes o que uma santa é capaz de fazer e qual é o caminho para ser santa”, contou o papa. Logo após apresentou dez conselhos de grande valia para levar Teresinha do Menino Jesus no nosso caminho. (Cfr. Audiência geral 30/09/21) 

Na caminhada Sinodal Santa Terezinha vai-nos ajudar a compreender o valor de entender o ritmo do caminho, as alegrias do caminho. Precisamente por isto podemos dizer que a primeira padroeira do nosso sínodo sobre a sinodalidade é Santa Teresinha do Menino Jesus. Sua intercessão nos asista. Próxima reflexão sobre a segunda padroeira do sínodo. Santa Hildegarda de Bingen.

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