Nas saudações após o Angelus, Francisco fala do país que o acolherá no início de fevereiro e expressa sua angústia pela violência que abala particularmente o Estado do Alto Nilo e que está colocando milhares de pessoas em fuga
Francesca Sabatinelli – Vatican News
O Papa está preocupado com a violência que está afetando o Sudão do Sul, o país que visitará de 3 a 5 de fevereiro, quando irá à capital Juba com o arcebispo anglicano de Cantuária Justin Welby e o pastor Iain Greenshields, moderador da Assembleia Geral da Igreja da Escócia. Será a segunda etapa de sua viagem à África pois, de 31 de janeiro a 3 de fevereiro, irá à Kinshasa, capital da República Democrática do Congo. Francisco expressou sua preocupação aos fiéis que ouviam as saudações depois do Angelus:
O conflito
O conflito explodiu em agosto passado na aldeia de Tonga, na diocese de Malakal, quando várias facções armadas atacaram o campo de deslocados de Aburoch, onde residem entre cinco e seis mil pessoas, deslocadas da guerra anterior, de 2013 a 2018. Esta violência se espalhou desde então para outras partes do país, para os estados de Jongley e Unity.
Até agora se fala de um número indeterminado de vítimas, o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários, Unocha, afirma que nos últimos combates, que começaram em meados de novembro, havia pelo menos nove mil pessoas deslocadas, muitas delas escondidas nos pântanos, como também relatado por fontes missionárias, enquanto que desde agosto consideração-se que vinte mil pessoas estejam fugindo. Segundo as ONGs locais, 75% dos que fogem são mulheres e crianças, todos eles, segundo o relato das Nações Unidas, “visivelmente traumatizados, denunciando assassinatos, violência baseada em gênero, sequestros, extorsão, saques e incêndios.