O Papa Leão XIV, em suas alocuções, denotou que Maria representa um sinal de esperança e um modelo da Fé de Jesus Cristo desde os primórdios do cristianismo. Ele enfatiza que Maria esteve incondicionalmente ao lado de Jesus desde o início, que sua existência constituiu uma peregrinação de esperança, e que sua presença permanece pertinente desde os primórdios da Igreja até a consumação dos séculos.
Diácono Adelino Barcellos Filho – Diocese de Campos/RJ.
Funcionando como um Farol de Fé, esta verdade reflete a plena Luz da esperança e da promessa divina. Ela serve como uma indicação inequívoca de que a ressurreição de Cristo não se configurou como um acontecimento isolado na História da Salvação, Maria não quis ir ao túmulo junto com as outras mulheres e os Apóstolos (28, 1-10) e Lucas (24, 8-11), mas sim como o pilar central sobre o qual se ergue toda a Fé cristã, confiou simplesmente.
A ressurreição de Cristo valida as Escrituras, cumpre as profecias e garante a todos os fiéis a vitória sobre o pecado e a morte, abrindo o caminho para a Vida Eterna e a comunhão com Deus, uno e trino. Na solenidade da Assunção deste Ano Jubilar, o Sumo Pontífice recordou que “em Maria de Nazaré está a nossa história, está a história da Igreja imersa na humanidade comum. Tendo encarnado nela, o Deus da vida e da liberdade venceu a morte. Sim, hoje contemplamos como Deus vence a morte, sem nunca prescindir de nós”.
É fundamental rememorar e reafirmar as verdades inquestionáveis e irrevogáveis da Fé Católica, a começar pela Maternidade de Deus (Theotókos), dogma proclamado pelo Concílio de Éfeso em 431. Este concílio fundamentou tal verdade em textos bíblicos como João (1, 14); Lucas (1, 35); e, em Lucas (1, 43), onde Isabel reconhece Maria como “a Mãe do meu Senhor”. A Constituição dogmática Lumen Gentium, emanada do Concílio Vaticano II, reafirmou este princípio da Fé Católica em 1964.
As escrituras que se referem a Jesus como “primogênito” de Maria (Lucas 2, 7) são empregadas para argumentar que a virgindade da mãe de Jesus (Virgem antes do parto, durante o parto e depois do parto) não foi comprometida durante o nascimento. A crença na virgindade perpétua de Maria, também foi formalmente definida em Concílios, como o de Latrão no ano de 649, e é sustentada pela tradição teológica da Igreja.
Entre as verdades reveladas e propostas pela Igreja de Jesus Cristo, enriquecida pela tradição, as Sagradas Escrituras e a análise da realidade, destaca-se a Bula “Ineffabilis Deus”, promulgada pelo Papa Pio IX em 8 de dezembro de 1854. Este documento pontifício estabelece que a Virgem Maria foi preservada do pecado original desde o instante de sua concepção (Imaculada Conceição), por um privilégio singular concedido por Deus.
O Sumo Pontífice, no Angelus de 15 de agosto, na Solenidade da Assunção, em Castel Gandolfo, neste ano jubilar, reafirma que “a Mãe de Jesus, assim como, glorificada já em corpo e alma, é imagem e início da Igreja que se há de consumar no século porvir (contemplá-la no “já, ainda não”, assim também, na terra, brilha como sinal de esperança segura e de consolação, para o povo de Deus ainda peregrinante, até que chegue o dia do Senhor (cf. 2 Ped. 3,10)”.
Sobre esta quarta verdade da Fé católica que celebramos solenemente, em virtude dos méritos de Nosso Senhor Jesus Cristo, Assunção (elevação) de Maria de Corpo e Alma ao Céu, foi ratificada no documento Munificentissimus Deus (1 de novembro de 1950), que estabeleceu a Assunção como uma verdade de fé que todos os católicos devem crer ou não são católicos.
A proclamação desta quarta verdade da Fé católica sobre Maria santíssima, reforça a crença na ressurreição da carne e na Vida Eterna, sendo Maria a primeira criatura a participar plenamente da grandeza de Cristo após a ressurreição. A Assunção é vista como um sinal de esperança e um prenúncio da glorificação futura de todos os fiéis.
A Assunção é baseada na tradição e em passagens da Sagrada Escritura (Apocalipse 12, 1; Cartas de São Paulo sobre a ressurreição e segunda vinda – 1 Coríntios 15; 1 Tessalonicenses 4), dentre outras, (Mateus 20, 18-19; 27, 53; 28, 5-7; Lucas 9, 22; 24, 7; Atos 1, 3; 3, 15; 17, 31; 26, 23) interpretadas pelo Magistério da Igreja.
Existe uma lógica na Fé de Jesus Cristo, que se baseia na união entre confiança em Deus Pai e na razão. A Igreja Católica vê a Fé e a Razão como complementares, ambas vindas de Deus, e não opostas. Maria, por ser concebida sem o pecado original (Imaculada Conceição), não morreu, está viva, foi a primeira criatura a participar plenamente da grandeza de Cristo Jesus após a ressurreição.
Maria santíssima foi elevada ao céu pelo poder de Deus Pai e de Seu Cristo (Apocalipse 12, 10; Mateus 28, 18-20; João 14, 13), na Força e no poder do Espírito Santo que procede dos dois e a plenificou da Graça (“Cheia de Graça” – Lucas 1, 26-38), sem passar pela morte física ‘em muitos credos’.
A Assunção é vista como um sinal de esperança e um prenúncio da glorificação futura de todos os fiéis. O contrário acontece na condenação dos infiéis. A Salvação é para todos: todos aqueles que fazem “tudo o que Ele vos disser” (João 2, 5)
A lógica da fé católica é construída em torno de todo o Corpo Doutrinal, verdades reveladas e propostas pela Ação de Cura e Libertação através dos Sacramentos da única Igreja de Cristo (CIC 811); conduzida no Espírito Santo além de ser enriquecida pela Tradição, as Sagradas Escrituras e do verdadeiro Magistério (tripé de sustentação), nestes dois milênios.
Durante uma Missão, peguei carona com universitários, em um ônibus a serviço de uma das Prefeituras do Estado do Rio de Janeiro/Brasil . Contei ao motorista meu compromisso com Deus de rezar uma dezena do santo terço em gratidão por caronas oferecidas. Ele perguntou o que significava “dezena do terço”, pois ele é evangélico, e respondi: “É rezar com a Palavra!” — um método de oração que une colóquio com Deus, escuta ativa e meditação bíblica para metamorfose pessoal, da vida, pensamentos e sentimentos. Crescer em intimidade com o Sagrado, com Deus, Uno e Trino.
Lembremo-nos de que Outubro de 2025 marcou o Mês do Rosário, que faz parte do Jubileu da Espiritualidade Mariana. Este período foi convocado pelo Papa Leão XIV com o propósito de orar pela Paz. A iniciativa incluiu um convite para a recitação diária do Rosário, tanto individualmente quanto em família e em comunidade. Embora houvesse um evento especial programado para 11 de outubro na Praça de São Pedro, o Dia Mundial de Oração com o Santo Rosário.
“Sub tuum praesidium” (À Vossa proteção)
“À vossa proteção recorremos, Santa Mãe de Deus; não desprezeis as nossas súplicas em nossas necessidades; mas livrai-nos sempre de todos os perigos, ó Virgem gloriosa e bendita.”
Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós!
Obrigado Mãe querida!

