A salvação das almas está incluída na Ecologia Integral deste Ano Jubilar

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A intenção do Papa Francisco na Encíclica Laudato Si, ao expor sobre o fato de que a salvação da alma humana está intrinsecamente ligada à natureza, significa que, arruinar o ambiente é um ato que atenta contra a própria essência do homem, da mulher e, pode comprometer a sua Salvação.

Diácono Adelino Barcellos Filho – Diocese de Campos/RJ

A ecologia integral, que reconhece a interdependência entre todos os seres vivos e o ambiente, é essencial para a preservação da vida e da alma humana, em Cristo Jesus. A degradação da natureza, por outro lado, leva à degradação da alma humana e ao afastamento do homem de Deus e do Seu Cristo. Cuidar da natureza é, portanto, um imperativo ética e espiritual. É um ato de Amor a Deus, ao próximo e a si mesmo.

A ecologia integral convida-nos a uma conversão ecológica, como já dissemos inúmeras vezes, exige uma alteração de mentalidade e de estilo de vida que reverencie e salvaguarde a criação. A redenção da alma humana está condicionada à nossa aptidão para coexistir em harmonia com a natureza e com Deus, Uno e Trino, que anseia conceder as Graças necessárias. Reconhecendo que somos parte essencial dela e que a nossa existência depende da sua conservação e da nossa, por Vontade e Ordem do Supremo Criador de todas as coisas.

É maravilhoso preservar e conservar as tartarugas e outras espécies, como é urgente e preeminente preservar a vida humana desde a sua concepção, uma vez que a mulher nem sabe que está grávida e o novo ser humano, em torno de duas semanas e meia, de gestação, já possui a mesma digital que terá com 80, 100 anos de idade; portanto, matar no ventre é assassinato, não existe “tirar”, tirar é matar. Antes da ciência, a Igreja Católica sempre defendeu a vida humana sem reservas, prioritariamente.

Nas Escrituras Sagradas, Noé e seus familiares foram preservados do dilúvio em virtude de sua obediência aos preceitos divinos. A Noé foi atribuída a incumbência de edificar uma arca com o propósito de salvaguardar sua família e os animais. Noé era um homem justo em sua época, destacando-se em meio a uma sociedade corrompida e devassa.

A Misericórdia Divina encontrou em Noé um farol de esperança para a humanidade. Alertados por uma intervenção divina sobre eventos ainda por vir, Noé, através de sua Confiança inabalável, proclamou um julgamento sobre o mundo e se tornou o herdeiro da justiça (como prática da Misericórdia) que é para nós, revelada, emanada e presentificada  na Fé de Jesus Cristo, Aliança Eterna, em Seu Sangue.

Essa justiça não era apenas uma recompensa individual, mas um símbolo da aliança entre Deus e a humanidade. Noé, o homem justo em meio a um mundo corrompido e devasso, foi escolhido para liderar a salvação não apenas da humanidade, mas de toda a criação. A arca que ele construiu, para a sua família e os animais, seguindo as instruções divinas, tornou-se um santuário da vida e para a vida em meio ao dilúvio, um símbolo da misericórdia de Deus e um testemunho do poder da Fé.

A história de Noé transcende a simples narrativa de um homem e sua família sobrevivendo a um dilúvio, um turbilhão de grandes águas. É uma história de Esperança, Fé e Redenção. É um lembrete da importância da obediência a Deus e da necessidade de proteger toda a criação. A arca de Noé, um símbolo de salvação e um testemunho da aliança entre Deus e a humanidade, continua a inspirar e guiar-nos em sua busca pela justiça e pela paz, que é uma Pessoa, Jesus Cristo.

Noé, sua família e os animais adentraram a arca, e Deus selou a entrada, por fora, os corruptos, devassos, mornos e indiferentes não puderam adentrar. As chuvas persistiram por quarenta dias, um período comparável à Quaresma, resultando no afogamento daqueles que não se refugiaram na Arca (Abrigo do Altíssimo), em tempo capaz.

Após a diminuição das águas, Noé, seus familiares e os animais emergiram da arca. O Senhor estabeleceu uma aliança com Noé, designando o arco-íris como símbolo dessa promessa (símbolo usado tantas vezes de forma equivocada, inconsequente e vulgar).

Seria uma traição à nossa vocação e ao juramento que fazemos diante do Altar de Deus e da única Igreja de Jesus Cristo, como Ministros legitimamente Ordenados, permitirmos que o medo ou a busca por conforto material nos desviássemos do nosso dever de proclamarmos a Verdade; seria uma abdicação da nossa missão como pastores de almas. A Palavra de Deus deve ser anunciada e vivida corajosamente, sem reservas, independentemente das consequências.

A nossa Salvação, assim como a daqueles que nos foram confiados, depende da fidelidade a essa missão de Jesus  Cristo, em nossa existência. Negar a Verdade, ou mesmo silenciá-la por conveniência, seria uma forma de cumplicidade com a mentira e com o erro. Isso nos tornaria cúmplices na perdição daqueles que buscam a luz da Verdade e que dependem da nossa orientação e direção espiritual.

O medo do sofrimento ou da perda material, daquilo que passa, não pode ser desculpa para a omissão do nosso dever. Como Ministro Ordenado, Sacramento da Ordem recebido, fui chamado para ser uma testemunha corajosa da Verdade, mesmo que isso implique em sacrifícios pessoais (CRUZ): “Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas” (Mateus 3). Afinal, a Salvação da minha alma e das almas que me foram confiadas é infinitamente mais valiosa do que qualquer bem terreno, título ou promoção.

Em suma, em nome de Jesus Cristo, solenemente renuncio a todo pecado. Renuncio a Satanás e seus aliados com as suas seduções, suas falsidades e promessas. Renuncio a qualquer ídolo e a toda forma de idolatria. Renuncio à minha relutância em perdoar, rejeito o ódio, o egoísmo, o orgulho e a arrogância. Renuncio a tudo o que me fez desviar da Vontade de Deus Pai. Renuncio a todo sentimento desordenado e de culpa infundada, medo e tormento. Renuncio a toda propensão ao isolamento. Renuncio em meu próprio nome e em nome de meus antepassados, cujas ações perniciosas e perversas causaram consideráveis danos ao ambiente.    Jesus eu confio em Vós!

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