Os Missionários Oblatos de Maria Imaculada estão reunidos em Roma, em Capítulo Geral. Representam os 67 países onde trabalham, 16 dos quais africanos. O Papa recebeu-os em audiência e recomendou-lhes comunhão. Tema do Capítulo: “Peregrinos de esperança em comunhão”. O P. David Ibwidi, missionário em Angola, é um dos participantes. Em entrevista à Vatican News, falou dessa missão e dos desafios que o Capítulo está a analisar com vista no porvir.
Dulce Araújo – Vatican News
Os Missionário Oblatos de Maria Imaculada estão em Angola há 25 anos; este ano é o jubileu. A sua ação estende-se por cinco paróquias distribuídas por dioceses de três Províncias: Luanda, Caxito e Cunene. De acordo com o seu carisma – evangelizar os pobres tendo em conta todas as facetas da pobreza – ocupam-se particularmente da educação e da alfabetização de adultos por forma a os tornar aptos a ler e compreender o Evangelho pois, a guerra impediu a muita gente de estudar no devido tempo – frisa o P. David Ibwidi, natural da República Democrática do Congo, mas a exercer a sua missão em Luanda há cerca de dez anos.
Instado a falar dos desafios atuais da Congregação em análise no Capítulo Geral – o P. David põe em evidência a falta de vocação na região norte do mundo, enquanto que no sul, em África de modo particular, a situação é diferente. Há então que pôr em ato a comunhão, a unidade na diversidade e juntar comunidades a nível internacional.
De entre os países africanos onde os Oblatas estão presentes, destaca-se, pela sua peculiaridade, o Sahara Ocidental. Ali têm três missionários que, colhendo o espaço possível num país muçulmano, celebram missa para os poucos cristãos, acompanham migrantes e sustêm os que procuram Cristo.
Iniciado no passado dia 14 de setembro, o Capítulo que se prolonga até 14 de outubro, já elegeu, para os próximos seis anos, o novo Superior Geral, na pessoa do P. Ignacio Alonso, espanhol.