O Papa renovou sua oração pela paz durante a oração mariana do Angelus deste domingo (27/10): “Quantas vítimas inocentes! Vemos, diariamente, imagens de crianças massacradas! Muitas crianças! Rezemos pela paz.” O Pontífice também expressou seu pesar pela morte do padre Marcelo Pérez, assassinado no México.
Vatican News
O Papa Francisco, em seus apelos, após a oração mariana do Angelus deste domingo (27/10), insistiu no compromisso internacional para que sejam dados passos concretos pela paz, especialmente onde as consequências da guerra afetam menores, civis e lugares de culto. “A vida é sagrada”, repetiu incansavelmente o Sucessor de Pedro.
Muitas vítimas inocentes!
O Pontífice, da janela do Palácio Apostólico, convidou todos a rezar pela paz. Seus pensamentos, carregados de dor, vão para as pequenas vítimas: as crianças. Ao recordar o conflito na Ucrânia, Palestina, Israel e Líbano, Francisco pediu “que se ponha fim à escalada e se coloque em primeiro lugar o respeito pela vida humana, que é sagrada!”
“As primeiras vítimas estão entre a população civil: vemos isso todos os dias. Muitas vítimas inocentes! Vemos, diariamente, imagens de crianças massacradas! Muitas crianças! Rezemos pela paz.”
Respeito pelo direito internacional humanitário
Ao lembrar que nesta segunda-feira, 28 de outubro, se abrirá em Genebra a relevante Conferência Internacional da Cruz Vermelha e da Crescente Vermelha, 75 anos após as Convenções de Genebra, o Papa pediu que, à luz dos conflitos no mundo, onde milhares de pessoas perdem a vida todos os dias — muitas delas crianças — “tal evento desperte as consciências para que, durante os conflitos armados, sejam respeitados a vida e a dignidade das pessoas e dos povos, assim como a integridade das estruturas civis e dos lugares de culto, em observância ao direito internacional humanitário. É melancólico ver como, em algumas partes, os hospitais e as escolas são destruídos,” destacou Francisco.
Homenagem ao padre Pérez, assassinado no México
O Santo Padre também afirmou estar unido “à amada Igreja de San Cristóbal de las Casas, no estado mexicano de Chiapas”, que chora a morte do sacerdote Marcelo Pérez, assassinado no último domingo, e completou:
“Um zeloso servidor do Evangelho e do povo fiel de Deus. Seu sacrifício, como o de outros padres assassinados por fidelidade ao ministério, seja semente de paz e de vida cristã.”
O suposto autor do homicídio foi preso, conforme anunciou em 22 de outubro o governador do estado, Rutilio Escandón. Pérez estava empenhado na defesa dos direitos humanos e havia denunciado várias vezes a criminalidade. A nova presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, informou que a investigação foi confiada à Procuradoria Geral. O padre Pérez, que tinha 51 anos, foi assassinado após celebrar a missa na cidade de San Cristóbal de Las Casas. Ele beneficiava de medidas de proteção preventiva da Comissão Interamericana de Direitos Humanos. Pertencente ao grupo étnico dos maias tzotzils, havia sido ameaçado várias vezes, presumivelmente por suas denúncias sobre o tráfico de drogas e outros crimes.
Filipinas: pesar pelas vítimas da tempestade Trami
Além disso, o Papa Francisco expressou sua proximidade “aos povos das Filipinas afetados por um ciclone muito forte”. É a tempestade tropical Trami, uma das mais letais e destrutivas do arquipélago do sudeste asiático até agora registradas neste ano, que causou quase 130 vítimas, enquanto muitas áreas permanecem isoladas e as pessoas necessitam de socorro. consideração-se que o número de mortos ainda possa aumentar.
“Que o Senhor sustente aquele povo tão cheio de fé,” manifestou com pesar o Pontífice.
50 anos da Comissão para os Relacionamentos Religiosos com o Judaísmo
O Santo Padre também recordou que, no último dia 22 de outubro, comemorou-se o 50º aniversário da criação, por São Paulo VI, da Comissão para os Relacionamentos Religiosos com o Judaísmo, e nesta semana tem início o 60º aniversário da Declaração Nostra Aetate do Concílio Ecumênico Vaticano II:
“Em tempos de grandes sofrimentos e tensões, encorajo todos aqueles que estão envolvidos, a nível local, no colóquio e na paz.”