Arcebispo de Durban eleva a sua voz em favor dos migrantes

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Os estrangeiros, especialmente os doentes e em dificuldades, devem ser tratados com respeito e receber os cuidados de saúde necessários. Este é o apelo lançado por Dom Siegfried Mandla Jwara, Arcebispo de Durban, na sua mensagem de 23 de agosto a propósito dos protestos em frente dos Centros públicos de Saúde, na África do Sul, onde grupos de manifestantes impedem o acesso de estrangeiros sem documentos a cuidados médicos.

Vatican News

Na sua mensagem, D. Jwara recorda  – segundo a agencia FIDES – que já “no dia 11 de julho de 2025, a Associação Católica de Saúde da África do Sul publicou uma forte condenação da crise atual nalgumas unidades de saúde nacionais do nosso país, onde cidadãos estrangeiros estão a ser rejeitados, por vezes à força, por pessoas que agem de forma contrária aos princípios da Doutrina Social da Igreja e aos valores evangélicos de amor, misericórdia e compaixão”.

“Gostaria de aproveitar esta oportunidade”, continuou o Arcebispo de Durban, “para emprestar a minha voz em apoio dos marginalizados que sofrem perseguições e são rejeitados apenas por serem cidadãos estrangeiros. Faço-o porque me comovo com a situação daqueles que chegam ao nosso país, um farol de liberdade e esperança para muitos que procuram refúgio sob a nossa bandeira.” “Estas pessoas devem ser tratadas com amor e respeito e gozam do direito a receber cuidados em situações que exijam intervenção médica.”

“Por isso, encorajo todas as pessoas a se lembrarem de que são criadas à imagem e semelhança de Deus e que o seu irmão ou irmã, de qualquer nação, tribo ou língua, deve ser tratado com dignidade e ter permissão, dentro dos limites da lei, para procurar e receber ajuda sem medo ou impedimento.” Por fim, imploro veementemente as autoridades civis para que façam todo o possível para resolver esta questão o mais rapidamente possível, pois estão vidas em jogo”, conclui o Arcebispo.

Desde junho, têm ocorrido inúmeros incidentes em várias províncias sul-africanas, particularmente no Gauteng e KwaZulu-Natal, onde grupos de “justiceiros” estão a impedir aos cidadãos estrangeiros de aceder aos serviços públicos de saúde no país.

Segundo os manifestantes, as unidades de saúde pública estão superlotadas e devem dar prioridade aos cidadãos sul-africanos.

A chamada “Operação Dudula”, um grupo anti-imigrantes presidido por Zandile Dabula, lançou em junho uma campanha nacional para impedir que estrangeiros indocumentados recebam tratamento nas unidades de saúde públicas. A “Operação Dudula” foi acompanhada pelo movimento March and March, uma organização não governamental que luta contra o emprego de cidadãos estrangeiros indocumentados na África do Sul. Foi fundada em março de 2024 pela radialista Jacinta Ngobese-Zuma – informa a agência FIDES. 

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