Os bispos argentinos manifestam a proximidade da Igreja e externam a vontade deles de colaborar no combate à pandemia do coronavírus. A Igreja católica ressalta a necessidade de reforçar a assistência espiritual e coloca todas as suas infraestruturas à disposição do governo diante da emergência sanitária
Cidade do Vaticano
Colaboração plena para derrotar juntos a pandemia do Covid-19: foi o que o bispo da Diocese de Isidoro e presidente da Conferência Episcopal da Argentina, dom Óscar Vicente Ojea Quintana, e o arcebispo de Buenos Aires, cardeal Mario Poli, expressaram após visita ao presidente Alberto Fernández na residência Olivos, na sexta-feira, 20 de março.
Os prelados manifestaram a proximidade da Igreja e externaram a vontade deles de colaborar no combate à pandemia do coronavírus. A Igreja ressaltou a necessidade de reforçar a assistência espiritual e colocou todas as suas infraestruturas à disposição do governo diante da emergência sanitária.
Dificuldade de gerir as grandes periferias em torno da capital
Segundo informações dadas à agência missionária Fides, a iniciativa foi expressa mediante o canal de colóquio aberto por dom Ojea e pelo secretário para o culto, Guillermo Olivieri, que estava presente na reunião.
Como outros países sul-americanos, a Argentina tem o problema de administrar a imenso área periférica em torno da capital Buenos Aires. A difusão da dengue alguns meses atrás foi uma prova disso.
Estado não pode eximir-se de suas responsabilidades
“Muitas das medidas preventivas recomendadas pelas autoridades sanitárias do governo em relação à dengue ou ao coronavírus são impossíveis ou muito difíceis de se aplicar nos bairros onde há um grande falta de água potável, ou onde muitas pessoas vivem marginalizadas, em condições precárias, sem acesso aos serviços de base”, tinha comentado a Comissão para os direitos humanos e a inclusão da Arquidiocese de Buenos Aires.
Segundo a Comissão, “existe uma responsabilidade comunitária e da própria Igreja”. Todavia, “a responsabilidade do Estado não pode ser diluída ou isentada pelo trabalho de muitos que se dedicam de corpo e alma àqueles que mais sofrem nas cidades e nos bairros periféricos”, conclui uma nota da Comissão.
(Fides)